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Mulher denuncia vizinho por tentativa de estupro e critica burocracia na delegacia

Mulher denuncia vizinho por tentativa de estupro e critica burocracia na delegacia
Foto: reprodução/Instagram @mar_mattosc

Já passava da meia noite do domingo (3) quando  a técnica em análises clínicas, Jilmara Mattos, estava na varanda de sua casa, em Colinas de Periperi, no Subúrbio Ferroviário de salvador, e foi surpreendida pela presença de um homem em seu imóvel. De início, ela julgou ser um assalto e, por isso, fez questão de entregar celular e dinheiro. O estranho, no entanto, recusou e começou a agredi-la fisicamente.  

 

Na sequência, o agressor derrubou a mulher da escada e a retirou de casa, arrastando-a pelo chão a um local próximo de um matagal sob ameaças de morte.  Ao tentar escapar, Jilmara foi novamente agredida, desta vez com uma pedra, utilizada para bater em sua cabeça. Só a partir daí foi socorrida por vizinhos. O relato detalhado foi feito pela própria Jilmara em seu perfil do Instagram na segunda-feira (2). 

 

“Eu não tinha esperanças de sair viva das mãos dele, e ele dizia que iria me matar o tempo todo! Fiquei hospitalizada, não consigo andar sem ajuda de alguém, não consigo comer, porque dói, tenho traumas na cabeça e coluna. Tenho escoriações em toda parte do corpo”, escreveu no Jilmara em seu perfil do Instagram.

 

Em conversa com o Bahia Notícias nesta quarta-feira (4), Jilmara reafirmou que não conhece o agressor, mas descobriu que morava na mesma rua que ela após o fato, quando outros vizinhos teriam identificado. Acrescentou ainda que o caso está sendo acompanhado pela 5ª Delegacia Territorial e ela já foi submetida ao exame de corpo delito. O autor da agressão ainda não foi identificado. Jilmara alega que houve erro no processo de registro da ocorrência. Conforme comprovante ao qual o BN teve acesso, o atendimento de Jilmara para a realização do exame ocorreu às 19h20 do domingo. 

 

"A gente saiu do hospital, eu, minha irmã e meu amigo, no domingo pela tarde e fomos para a 5ª Delegacia. Acabou que, ao invés de a gente ser atendido na Delegacia Territorial, mandaram a gente para a Deam, que fica no primeiro andar, só que era para termos sidos atendidos embaixo porque eu não tinha vínculo nenhum com o agressor e isso não seria tratado pela Deam e sim pela própria delegacia territorial. Nisso aí já falharam. Na Deam, ela colheu o depoimento e me mandou para o IML. Fui para o IML, fiz o exame de corpo delito por causa dos ferimentos no corpo e retornei lá ontem. Foi ontem que viram que estava errado. Que era para ter sido resolvido embaixo. Eu tive que retornar lá hoje de novo. Retornei hoje e fiz uma nova ocorrência, dei um novo depoimento junto com minha irmã, junto com meu amigo”, contou. 

 

POLÍCIA CIVIL

Procurada para dar explicações sobre o caso, a Polícia Civil contestou a acusação de erro e apresentou outra versão ao ocorrido. 

 

Segundo a assessoria da instituição, o Boletim de Ocorrência foi “registrado no Posto policial do Hospital do Subúrbio e encaminhada eletronicamente para a 5ª DT/Periperi, que vai apurar a tentativa de estupro sofrida pela vítima”. 

 

“Creio que tenha havido algum ruído na comunicação pelo fato de que o delegado de plantão naquela madrugada, e que assinou o BO e expediu a guia para exame de lesão, seja lotado na Deam”, acrescenta.

 

Sobre o depoimento prestado pela vítima na manhã desta quarta-feira, a PC-BA explica que “a nova convocação tinha o objetivo de realizar a oitiva formal e dar prosseguimento à investigação, visto que no momento do registro no hospital, onde a vítima buscou atendimento, ela não soube nos dizer a qualificação do autor. Não houve um novo registro. O procedimento padrão foi seguido e a unidade territorial vai apurar o caso”.

 

O AGRESSOR 

No boletim de ocorrência, de acordo com a Polícia Civil, a vítima não soube qualificar o agressor, que foi identificado apenas pelo apelido. 

 

Em uma troca de mensagem via rede social com o ator baiano Thiago Almasy na manhã de hoje, Jilmara apresentou novos detalhes sobre o andamento da situação, afirmando que o agressor, o qual ela identifica ao ator como sendo "Alexandro Nascimento Jr."  havia se apresentado na delegacia acompanhado dos pais, mas foi liberado. "Você acredita? Eles deixaram ele ir embora", relata a vítima ao ator. O diálogo foi publicado por Almasy em sua rede social. 

 

A Polícia Civil, no entanto, afirmou que não foi identificado na delegacia nenhum Boletim de Ocorrência que confirme apresentação do suposto agressor. De acordo com o rito, qualquer apresentação nestes termos requer a abertura de uma ocorrência que é anexada ao inquérito. 

 

VEJA RELATO COMPLETO FEITO POR JILMARA: