Maia critica Bolsonaro após nova ofensa a ex-presidente Dilma: 'Não tem dimensão humana'

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi mais uma autoridade a se posicionar contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que, mais uma vez, ofendeu a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em postagem no Twitter, o democrata disse que "Bolsonaro não tem dimensão humana".

 

"Tortura é debochar da dor do outro. Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura. Minha solidariedade a ex-presidente Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana", compartilhou na manhã desta terça-feira (29).

 

A crítica é uma resposta à declaração que o chefe do Executivo fez na manhã de segunda (28). Ao falar com apoiadores, Bolsonaro ironizou a tortura sofrida por Dilma no regime militar. "Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio-X pra gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio-X", falou a apoiadores, segundo o UOL.

 

O portal lembrou que Dilma integrou movimentos armados de esquerda contra ditadura e foi presa pelo regime em janeiro de 1970, quando tinha apenas 22 anos. Ela passou três anos na cadeia.

 

Essa não é a primeira vez que Bolsonaro ataca a petista. Um episódio marcante ocorreu na votação do impeachment dela, quando ele era deputado federal, e dedicou seu voto favorável ao afastamento ao coronel Carlos Brilhante Ustra. Entre 1970 e 1974, ele foi o chefe do DOI-Codi do Exército de São Paulo, órgão de repressão política do governo militar.