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Para estancar sangria na Câmara, caciques do DEM se reúnem em Brasília

Por Fernando Duarte

Para estancar sangria na Câmara, caciques do DEM se reúnem em Brasília
Deputados tentam desgastar Rodrigo Maia | Foto: Michel Jesus/ CD

Em meio ao risco de fraturas expostas na bancada do DEM na Câmara dos Deputados, dirigentes e lideranças do partido fizeram uma reunião na tarde desta quinta-feira (28) em Brasília para tentar estancar criada a partir da celeuma em torno da eleição da Casa. Enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apoia o nome de Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa, parte da bancada tenta garantir a maioria para a candidatura de Arthur Lira (PP-AL), apresentado como opção do presidente Jair Bolsonaro no embate.

 

Participaram do encontro o líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), o presidente nacional da legenda, ACM Neto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. O esforço é evitar que a cisão rascunhada até aqui não se consolide em uma ruptura dentro da própria bancada da legenda. Segundo interlocutores, o caminho traçado pelo grupo capitaneado por nomes como Elmar Nascimento e Arthur Maia, ambos baianos, não tem volta e visa criar um desgaste para Maia, eleitor-mor de Rossi.

 

O ex-prefeito de Salvador evita falar publicamente sobre o tema para não jogar lenha na fogueira. De acordo com figuras próximas ao dirigente nacional do partido, ACM Neto tem atuado como “bombeiro” para coibir que as chances das trocas de farpas públicas não permaneçam no período após a eleição, marcada para a próxima segunda (1º). Até aqui, as tentativas não surtiram o efeito desejado, dado ao fogo cruzado de declarações à imprensa.

 

SENADO

Se na Câmara a situação interna do DEM não é de amores, no Senado Federal as chances de Rodrigo Pacheco (MG) garantir que a Casa permaneça sob o comando da legenda crescem exponencialmente. Nesta quinta, parte do MDB abandonou o apoio ao nome de Simone Tebet na disputa e assegurou que vai marchar com o mineiro. Com esse movimento, a eleição de Pacheco é considerada favas contadas. Todavia, observadores atentos lembram que o apito final ainda não encerrou a partida.

 

O silêncio formal do DEM na disputa pela presidência da Câmara é, inclusive, uma estratégia para evitar que o nome do senador mineiro sofra retaliações por um eventual comportamento errático do comando da sigla no embate entre os deputados. Com isso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apesar de ser tratado como grande eleitor na disputa, tende a ficar isolado na bancada. Ele, todavia, não estaria disposto a levar essa situação às últimas consequências, colaborando para o entendimento futuro entre os correligionários.