Com Heber no governo, presidente do Podemos na Bahia prega cautela sobre adesão a Jerônimo
Por Mauricio Leiro
A fusão de Podemos e PSC (reveja aqui) terá reflexos no estado da Bahia. Com os partidos recentemente ocupando bases diferentes, a definição sobre o futuro da legenda deve ocorrer em breve. Segundo o presidente do Podemos no estado, Gabriel Melo, ainda está em processo de discussão se a nova legenda apoiará o governo de Jerônimo Rodrigues (PT).
"Até porque existe o Deputado Raimundo [Costa] nesse processo. Vamos sentar e tomar uma decisão. Em breve tomaremos essas decisões e vamos dar publicidade", disse Gabriel ao Bahia Notícias.
Com a fusão, Melo sinalizou que a relação com as lideranças do PSC, incluindo o presidente do partido, Heber Santana é "excelente". "Melhor impossível. Ficamos mais forte", acrescentou Melo. O indicativo é que Santana ocupe a presidência da legenda, com a indefinição ainda, sobre o cargo de Melo.
O nascimento do novo partido fez com que ocorresse a manutenção do nome de um e o número eleitoral de outro: se chamará Podemos e seu número nas urnas será o 20, do PSC. A união será celebrada em evento a ser marcado para dezembro.
A ideia de fusão, que nasceu em Brasília, teve como objetivo "salvar" o PSC, que, por conta do baixo desempenho no pleito deste ano, acabou não atingindo a cláusula de barreira. Na Bahia, entre seus quadros com mandato, estão o deputado estadual Laerte do Vando e o o vereador Ricardo Almeida, ligados ao PSC, e o deputado federal Raimundo da Pesca e o vereador Sidninho, ambos vinculados ao Podemos.
RUMORES DE SAÍDA
Pouco antes das eleições de 2022, algumas discussões foram feitas para definir o apoio do partido. Houve o rumor de que o Podemos na Bahia poderia recuar do apoio à pré-candidatura de ACM Neto (União) (reveja aqui e aqui).
A proposta de adesão à candidatura de João Roma (PL) na disputa pelo Governo da Bahia teria partido de forma solitária pelo vereador de Salvador Sidninho, não avançando durante a disputa eleitoral.