Após mulher ser atacada com pistola d’água por "Muquiranas”, secretários dizem que vão acompanhar caso
Por Mauricio Leiro / Leonardo Costa
Após o flagra realizado pelo Bahia Notícias, onde uma mulher é atacada com pistola d’água por homens do bloco “As Muquiranas”, os secretários estaduais de Cultura e de Políticas para Mulheres se pronunciaram sobre o episódio. Ao Bahia Notícias, eles disseram que vão acompanhar o caso de perto.
O chefe da Cultura, Bruno Monteiro, afirmou que o bloco precisará cobrar a mudança de postura dos associados, caso contrário, se tornará conivente.
"Tem que se ter muito cuidado com a cultura do ‘tudo pode’ no Carnaval. Alguns tipos de posturas não podem e não são mais toleradas. A cultura dos homens que se vestem de mulher, portando armas que jogam água, como símbolo da sua masculinidade. Se acham no direito de ter um comportamento agressivo e violento com as mulheres. Não é justificável dizer que é algo que sempre foi assim. Os filhos de Gandhy, que tinham uma característica de trocar colares por beijos, passou a rejeitar esse comportamento. Vi a diretoria chamando atenção de filiados que fizeram isso. O bloco Muquiranas não é o responsável, mas será responsável se não cobrar uma mudança de atitude. Será uma omissão", disse Monteiro.
De acordo com a secretária de Políticas para Mulheres (SPM), Elisângela Araújo, o caso será acompanhado e medidas cabíveis serão tomadas, por meio de uma rede de apoio às mulheres.
"Vamos nos reunir com a Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, formada em parceria com as Secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social, de Saúde, Administração Penitenciária e Ressocialização, Tribunal de Justiça, Polícia Civil, Defensoria Pública e Hospital da Mulher para acompanhar o caso e tomar as medidas institucionais cabíveis", assegurou Elisângela Araújo.