"Não é discussão nossa", comenta Ana Paula sobre apoio do PT a chapa do União Brasil na disputa pela prefeitura de Salvador

A vice-prefeita e secretária da Saúde de Salvador, Ana Paula Matos (PDT), negou, em entrevista concedida ao Bahia Notícias na última terça-feira (7), que haja conversas do seu grupo político para que uma chapa encabeçada pelo União Brasil concorra na disputa eleitoral pelo Palácio Tomé de Souza com o apoio do Partido dos Trabalhadores em 2024.

 

Informações obtidas pelo BN junto a lideranças do PT no estado dão conta de que a sigla poderia abrir mão de uma candidatura própria no pleito municipal, assim como em outras cidades, em prol do apoio do partido de Bruno Reis (União) ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados.

 

À reportagem, interlocutores disseram que a ideia pode ser "colocar um vice" em uma das candidaturas que orbitam a base. "Se Bruno Reis vai ser candidato da base de Lula, por que vou colocar alguém para perder?", questionou uma das fontes.

 

Apesar das afirmações de figuras próximas a petistas, o surgimento da movimentação foi rechaçado por Ana Paula. "Isso não saiu do prefeito, tenho certeza. Não é discussão nossa", afirmou a gestora, que atribuiu à imprensa a versão tornada pública.

 

Segundo ela, a orientação de Reis é que o foco da administração do município seja em torno de um "olhar para o povo", de modo que as discussões políticas só possam ser iniciadas no próximo ano.

 

A própria participação de Ana Paula Matos no pleito, numa tentativa de reeleição, não teria sido ponto de pauta em conversas com o alcaide. Ela, no entanto, disse que "seria uma honra" concorrer na disputa junto ao aliado.

 

"Sou uma mulher que se orgulha dessa condição de ter alcançado a minha posição pelo trabalho e pelo reconhecimento do povo. Agora, para eu merecer essa recondução tenho que fazer muito trabalho", disse a entrevistada, firmando o compromisso de seguir se empenhando nas atribuições que desenvolve.

 

Em 2022, Matos foi escolhida pelo seu partido para ocupar a função de candidata a vice-presidente, ao lado do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, na corrida eleitoral pelo Palácio do Planalto.

 

Sobre a possibilidade de dar adeus para a legenda, ela descartou que tenha o intuito de cursar tal caminho. "Não tenho motivos para sair do meu partido, não vislumbro, nós nos identificamos", disse, ressaltando a oportunidade que teve ao se filiar, o acolhimento que recebeu desde então, assim como o protagonismo que exerce na estrutura que compõe.