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Lei que quer proibir pistolas de água no carnaval deve ser educativa e não contra as Muquiranas, avalia Rosemberg

Por Lula Bonfim

Deputado estadual Rosemberg Pinto, líder do governo na AL-BA
Foto: Lula Bonfim / Bahia Notícias

O projeto de lei que visa proibir o uso de “pistolinhas de água” no carnaval e em outras festas de rua em Salvador, de autoria da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), deve focar na conscientização da população, segundo o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Rosemberg Pinto (PT). Para o parlamentar, o texto legal não deve focar em nenhum bloco em específico, mas incentivar as agremiações a criar campanhas educativas contra o uso do artefato.

 

“Primeiro, eu quero deixar claro que não é um projeto de lei voltado para as Muquiranas. É um bloco de carnaval muito tradicional e não podemos culpá-los por uma coisa que é maior do que eles. Infelizmente, esse comportamento acontece também em outras agremiações e no carnaval em si”, afirmou Rosemberg, citando o bloco de homens travestidos que teve integrantes flagrados agredindo mulheres no carnaval de Salvador utilizando pistolas de água.

 

“Mas, para evitar coisas como as que aconteceram no último carnaval, de mulheres agredidas com o uso dessas pistolinhas de água, precisamos estabelecer regras, medidas socioeducativas, para evitar situações similares à que aconteceu. Os blocos precisam demonstrar isso, sob pena de sofrer sanções por parte do estado”, continuou o parlamentar.

 

Rosemberg ainda detalhou quais devem ser as medidas educativas adotadas pelos blocos de carnaval. Segundo ele, se as agremiações carnavalescas elaborarem panfletos para entregar a seus associados durante a entrega das fantasias, elas já estarão cumprindo seus papéis no combate à violência contra as mulheres na folia.

 

“Quando eu falo de sanções, estamos dizendo que cabe ao bloco tomar medidas preventivas em relação à situação. O que são medidas preventivas? É fazer um folheto e, na hora que for buscar a fantasia, estar escrito lá: não use pistolas de água. E aí o bloco estará cumprindo o seu papel. Porque eu acho muito difícil, num carnaval, você controlar essas situações minuciosas. Então eu vejo o projeto da deputada Olívia como um projeto extremamente educativo. Nós não podemos precificar um ou outro bloco, porque nós estaríamos singularizando algo que é plural”, concluiu.

 

Autora do projeto, a deputada Olívia Santana foi procurada pelo Bahia Notícias na noite desta terça-feira (18) para comentar o conteúdo do texto, mas não atendeu aos telefonemas e nem respondeu às mensagens até o fechamento desta nota.