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Governo muda de posição e passa a defender CPMI de 8 de janeiro; entenda

Por Edu Mota, de Brasília

Polícia do DF olhando e carro destruído no dia 8 de janeiro
Foto: Joedson Alves/ Agência Brasil

A revelação de um vídeo com imagens internas da invasão do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro e a consequente demissão do ministro-chefe do GSI, General Gonçalves Dias, causou uma mudança radical na posição do governo em relação à criação da CPMI dos atos antidemocráticos. Se na última terça-feira as lideranças governistas atuaram com força para impedir a instalação da comissão, agora o governo defende com paixão o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre os atos antidemocráticos. 

 

O ministro Alexandre Padilha, por exemplo, convocou uma entrevista coletiva para enaltecer os objetivos da comissão de inquérito. “Será importante para o governo mostrar os objetivos da manifestação”.

 

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que na última terça-feira cedeu à pressão dos líderes governistas e cancelou a sessão do Congresso na qual seria lido o requerimento para criação da CPMI, agora diz que o governo devia ter apoiado a comissão desde o começo. Pacheco afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveria ter evitado mudar de posicionamento apenas por conta da divulgação das imagens exclusivas que levaram à demissão do general Gonçalves Dias. O presidente do Congresso confirmou para o próximo dia 26 a criação da CPMI.

 

Apoiada por 218 deputados (somente nessa semana o requerimento de criação da comissão ganhou mais 25 novas assinaturas) e 37 senadores, a CPMI terá como objetivo oficial verificar a falta de policiamento na Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro. Os membros da comissão mista vão buscar identificar os responsáveis pela falta de ação das forças de segurança para coibir a invasão e destruição dos prédios do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

 

A investigação também poderá verificar se as autoridades do então recém-empossado governo federal foram ou não informadas das manifestações. Já para o governo Lula, a CPMI será uma oportunidade de comprovar que não contribuiu em nada para os atos de caráter golpista. 

 

Em relação aos manifestantes, as investigações da CPMI poderão deixar claro quem participou ou mesmo financiou a invasão dos prédios públicos, assim como apurar qual foi o papel das Forças Armadas no acontecimento. 

 

Esta semana em que foi instalada a primeira crise do governo Lula vai chegando ao fim com a certeza de que a CPMI será sim instalada, mas sem qualquer indício de quem irá ganhar ou perder com o avanço dos seus trabalhos.