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Após investigação, PF aponta que facção ligada ao PCC transformou Ilha de Maré em bunker do crime

Por Redação

Após investigação, PF aponta que facção ligada ao PCC transformou Ilha de Maré em bunker do crime
Foto: Portal Gov

Após investigação sobre um assalto a banco em Salvador, a Polícia Federal descobriu que a principal facção ligada ao PCC, transformou a Ilha de Maré, em Salvador, em bunker do crime.

 

Segundo documentos da operação Terra Livre, deflagrada neste mês, a facção baiana BDM (Bonde do Maluco) se instalou na Ilha e faz do lugar um centro de, depósito, fornecimento, transporte e exportação dos carregamentos de armas e drogas.

 

A PF chegou ao grupo depois que iniciou investigação sobre o roubo de uma agência bancária na capital baiana, em março deste ano, onde explosivos foram utilizados e “um grande poder bélico”.

Depois do roubo, os investigadores estaduais e da PF localizaram o percurso dos envolvidos na fuga e descobriram que foram para a ilha, que é formada por ao menos 11 comunidades.

 

“Essa ilha é o lugar de refúgio de grandes traficantes do BDM. Por ser um local isolado, serve de um grande bunker, esconderijo, de drogas e armas, além de esconderijo após cometerem algum ato ilícito, ataques a instituições financeiras, ataques a facções rivais para expansão territorial do BDM, na cidade do Salvador”, disse a PF na representação que pediu seis mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva contra integrantes da facção.

 

De acordo com a PF, a Ilha de Maré se transformou no novo bunker do grupo criminoso, por ser de fácil acesso, através de meio marítimo, além  da pequena população local ser subjugada pela facção.

 

 

A investigação apontou ainda que dois dos alvos dos mandados de prisão cumpridos pelos agentes federais também são suspeitos da morte de um policial militar baiano em 2021.

 

Segundo os investigadores, a facção é a maior atualmente em atuação na Bahia, com seus integrantes envolvidos em assaltos a banco e tráfico de drogas.

 

“Oportuno consignar que, muito provavelmente, os indivíduos aqui identificados operacionalizaram diversos outros assaltos e tráfico de drogas, atuando com extrema violência não só nas ações criminosas envolvendo instituições financeiras, como, também, no tráfico de drogas”, afirma a PF.

 

Na Bahia, a facção é apontada como grupo violento e envolvido na disputa por território com outros criminosos. É aliada ao PCC e inimiga do Comando da Paz, parceira do Comando Vermelho.  Para os investigadores, a rivalidade entre os grupos tem aumentado o número de homicídios no estado.

 

Na decisão em que autoriza as prisões na operação Terra Livre, o juiz do caso citou esse aumento nos índices de violência.

 

“Destaca-se que a violência está em índice alarmante, verificando-se diariamente, nesta Capital e em outras cidades do Estado, o aumento de registros de crimes de tal natureza, além da constatação de envolvimento, cada vez maior, de menores e crianças em tal prática”, afirma Álvaro Marques de Freitas Filho.