Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Lula admite trocas em ministérios em reunião com Lira e nega envolvimento com ação da PF

Por Redação

Lula admite trocas em ministérios em reunião com Lira e nega envolvimento com ação da PF
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compartilhou com os senadores o conteúdo da reunião que teve nesta segunda-feira (5) com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Aos parlamentares, Lula afirmou que um dos assuntos discutidos foi a operação da Polícia Federal, que teve como alvo aliados de Lira. Durante a reunião entre Lula e Lira, de acordo com interlocutores, o petista também mencionou que planeja fazer alterações na Esplanada.

 

Conforme relatado pelos senadores, Lula afirmou a Lira que seu governo não pode ser responsabilizado pelo início da operação realizada pela Polícia Federal. O presidente também usou sua própria experiência como exemplo, recomendando que Lira enfrente as acusações. 

 

Na semana passada, a PF executou mandados de prisão e busca e apreensão contra aliados de Lira em uma investigação sobre desvios em contratos para a compra de kits de robótica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O caso surgiu a partir de uma reportagem da Folha publicada em abril do ano passado, que abordava as aquisições em municípios de Alagoas, todas realizadas com a mesma empresa pertencente a aliados de Lira.

 

O tema também foi abordado pelo chefe da Câmara ao se dirigir ao senador Renan Calheiros, seu adversário político. Segundo os presentes, Lula afirmou que Lira reclamou das críticas que tem recebido de Renan. Em resposta, o chefe do Executivo disse que o senador também não pode ser responsabilizado pela operação. Durante a reunião com Lira, o presidente admitiu que planeja realizar pelo menos duas mudanças específicas em pastas do governo, de acordo com relatos de aliados de ambos.

 

No Palácio do Planalto, espera-se que Daniela Carneiro, atual ministra do Turismo que solicitou sua desfiliação do partido União Brasil, seja substituída por outro membro do partido. Isso ocorre porque o Republicanos, partido para o qual Daniela planeja migrar, já informou os articuladores políticos que não pretende apoiá-la no cargo. A situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do partido União Brasil-MA, também é considerada delicada.

 

Deputados estão trabalhando para que Celso Sabino, do partido União Brasil-PA, seja escolhido para substituir um dos ministros. O governador Helder Barbalho, aliado do Planalto, já foi consultado e deu sua aprovação à provável indicação de Sabino.

 

Segundo a Folha de S. Paulo, Arthur Lira aproveitou a reunião com Lula para cobrar celeridade nas nomeações de cargos no governo e na liberação de emendas. A expectativa é que o Progressistas, partido do presidente da Câmara, possa ser contemplado com mais cargos nos escalões no segundo e terceiro escalões, ou mesmo numa troca ministerial.