Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Economia

Notícia

Diretor da LIF projeta perspectivas para mercado verde: “Precisamos encontrar soluções mais rápidas”

Por Por Anderson Ramos, de Luís Eduardo Magalhães / Camila São José

Diretor da LIF projeta perspectivas para mercado verde: “Precisamos encontrar soluções mais rápidas”
Foto: Anderson Santos

 

Diretor da Land Innovation Fund (LIF) - fundo de investimento em projetos sustentáveis no campo - Carlos Quintela comentou nesta sexta-feira (9) as perspectivas e desafios para o setor. Ao Bahia Notícias, durante a Bahia Farm Show, Quintela afirmou que a sustentabilidade precisa ser tratada como prioridade. 

 

“A gente tem muito pra fazer, para encontrar soluções que respondam às realidades, circunstâncias, as necessidades locais. Então, tem muito trabalho a se fazer, tem algumas coisas que a gente pode encontrar soluções mais amplas e uma abrangência maior, a nível nacional, global. É por isso que a gente está fazendo investimento em inovação, é que a gente tem que encontrar melhores soluções para encarar essa realidade que já está aqui”, pontuou. 

 

Na visão de Quintela, pautar a sustentabilidade e o mercado verde é falar de um pilar fundamental para a sobrevivência da humanidade. “Tem tendências nessa realidade, tem certas coisas que vão ser mais urgentes do que outras, mas não tem jeito, se a gente quer sobreviver nos próximos 50 anos vamos ter que encontrar soluções mais rápidas”.

 

Sobre as dificuldades para se tirar os projetos do papel, o diretor da LIF acredita que são as mesmas enfrentadas por quaisquer outras novas iniciativas. Ele faz um paralelo com o cultivo da soja no Brasil há 50 anos e a expansão agrícola. “

 

“Teve um monte de dificuldades, teve que melhorar a soja, teve que melhorar as práticas. É a mesma coisa, nós estamos passando pelo mesmo processo. A gente tem que encontrar novas abordagens que funcionem, novas tecnologias, novas políticas que facilitem, então tem um desafio muito grande pela frente, mas não é diferente da expansão agrícola no Brasil. A expansão no Brasil não ocorreu sem uma boa estrutura de políticas públicas, sem financiamento do setor privado, sem universidades, sem profissionais, sem produtores que decidiram, portanto, tomar o risco. É a mesma coisa. A gente só tem que olhar para o que aconteceu no agro e agora está acontecendo nos mercados verdes”, destacou. 

 

Questionado quanto às perspectivas do setor, diante de um governo que tem pautado a sustentabilidade, Quintela disse que “governos vão e vêm” e acabam sendo iguais em “diferentes tendências”. Assim como o agronegócio, o empresário acredita que os mercados verdes passarão por diversos cenários para avançar, com maior ou menor grau de dificuldade. Quintela ainda defendeu menor participação do governo nas decisões do setor. 

 

“O desafio, eu acho no futuro, não só para o agro, mas toda atividade econômica é menos o governo. Isso é mais a tendência global, a solução dos problemas fundamentais, o mundo está mudando: fisicamente, climaticamente. Não interessa se vem do governo de esquerda, de direita, de cima para baixo. O clima está mudando, isso vai ter um impacto direto sobre produção de alimentação, transporte, indústrias, esse é o desafio. Não é uma visão política. Então, vamos fazer o que o Brasil já fez: identificar o problema, que regras de jogo têm que ser colocadas para que se encontre as soluções mais rápidas, trazer mais gente, fazer pesquisa e levar tudo isso para o campo, para que produtores ou atores empresariais, e sociedade civil, comunidade botem isso em prática”. 

 

“E vou te dar um spolier: daqui a 50 anos nós vamos encarar outros desafios. Não sei qual é. A gente continua crescendo em termos de população. Então, sempre vai haver isso. A gente tem que aprender com o que a gente já fez. Eu sou otimista. Mas eu não penso que vai ser fácil, mas acho que a gente vai conseguir”, projetou.