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Para Otto Alencar, CPMI vai provar que plano de golpe e implantação de regime de força começou após 2º turno

Por Edu Mota, de Brasília

Otto Alencar em entrevista
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Marco temporal da CPMI do 8 de janeiro é a data do segundo turno das eleições, quando houve a não aceitação do resultado das urnas e iniciadas narrativas e ações golpistas. A opinião é do senador Otto Alencar (PSD-BA), membros da comissão parlamentar mista que realiza reunião nesta terça-feira (13) para análise de mais de 800 requerimentos. 

 

Otto Alencar disse apoiar o plano de trabalho apresentado pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e que é preciso separar as investigações em dois períodos: o primeiro iria de 30 de outubro a 31 de dezembro, durante o final do governo Bolsonaro, e o segundo, os oito primeiros dias do novo governo Lula. 

 

“Quando o presidente Lula venceu as eleições, essas eleições foram questionadas pelo então presidente Jair Bolsonaro quanto à sua lisura, quanto ao resultado correto. Nenhum governador questionou, nenhum deputado questionou, só o presidente questionou, e a partir daí foi conectado um movimento de golpe, para não permitir a posse do presidente Lula. Teve incêndio de ônibus, ameaça de colocar bomba no caminhão no aeroporto, isso tudo até o dia 31 de dezembro. Depois, quando o presidente Lula assumiu, houve a tentativa de golpe, com a destruição do patrimônio público, o ataque à democracia, ao estado democrático de direito. Temos que separar esses momentos”, disse o senador baiano. 

 

Para Otto Alencar, a tentativa dos membros da oposição de tentar culpar o governo Lula pelos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro não irá se sustentar na CPMI. Para o senador, já existiam amplas provas de que o plano de golpe teria sido gestado nos dois meses finais do governo Bolsonaro.

 

“Querem culpar como omisso um governo que havia entrado em apenas oito dias. Isso não tem sustentação nenhuma, é uma narrativa que não vai se sustentar na CPMI. Isso vai ficar claro quando forem ouvidos os primeiros nomes que estão diretamente envolvidos, como o Anderson Torres, de quem há provas sobre uma tentativa de golpe. Ou o tenente-coronel Mauro Cid que tem provas no seu celular. Isso vai ficar claro, quem financiou, quem gastou dinheiro para tentar dar essa conotação de que o governo que se elegeu pelo voto do povo não tomaria posse. O governo não tem absolutamente nada a esconder, e vamos provar que houve sim uma tentativa de golpe, o que já está provado nos elementos colhidos pelo ministro Alexandre Moraes. Existem amplas provas em celulares daquilo tudo que foi feito para tentar implantar no Brasil um regime de força”, afirmou o senador Otto Alencar.