Acabou o milho, acabou a pipoca. Depois de aproveitar o S&atilde;o Jo&atilde;o no interior da Bahia, o p&uacute;blico que retorna para Salvador enfrenta longos trechos de congestionamento na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (25), na BR-324, principal rodovia que conecta a capital baiana aos munic&iacute;pios baianos.

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&mdash; Bahia Not&iacute;cias (@BahiaNoticias) <a href="https://twitter.com/BahiaNoticias/status/1805547987864629491?ref_src=twsrc%5Etfw">June 25, 2024</a></blockquote>
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Segundo boletim emitido pela ViaBahia, concession&aacute;ria que administra a rodovia, a BR-324 no sentido Salvador registra tr&aacute;fego com lentid&atilde;o na al&ccedil;a de sa&iacute;da da BR-101, velocidade de 20 km/h, com seis quil&ocirc;metros de reten&ccedil;&atilde;o.

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Entre os munic&iacute;pios de Am&eacute;lia Rodrigues, Candeias e Sim&otilde;es Filho tr&aacute;fego intenso.

Policiais civis velados localizaram um homem no Parque de Exposi&ccedil;&otilde;es, na madrugada deste domingo (23), descumprindo uma medida judicial. A captura do suspeito, de 33 anos, contou com o aux&iacute;lio do aplicativo Agente de Campo, do Sistema Nacional de Informa&ccedil;&otilde;es de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Prisional e sobre Drogas (Sinesp), da Secretaria Nacional da Seguran&ccedil;a P&uacute;blica (Senasp).

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O homem foi conduzido para o Posto da Pol&iacute;cia Civil por uma equipe do Departamento de Repress&atilde;o e Combate &agrave; Corrup&ccedil;&atilde;o, ao Crime Organizado e &agrave; Lavagem de Dinheiro (Draco), onde foi lavrado contra ele um Termo Circunstanciado de Ocorr&ecirc;ncia (TCO) por desobedi&ecirc;ncia.

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Utilizado em opera&ccedil;&otilde;es especiais e grandes eventos, o Agente de Campo mais uma vez est&aacute; auxiliando a Pol&iacute;cia Civil no monitoramento em tempo real de ocorr&ecirc;ncias nos festejos juninos em Salvador e no interior da Bahia.

&ldquo;A fogueira est&aacute; queimando em homenagem a S&atilde;o Jo&atilde;o&rdquo;. Entre os dias 23 e 24 de junho, cidades do interior do Nordeste e da Bahia se transformam em grandes capitais ao receberem uma grande quantidade de pessoas para celebrarem o S&atilde;o Jo&atilde;o. Considerada uma das manifesta&ccedil;&otilde;es mais populares, a festa comemora o nascimento de Jo&atilde;o Batista, o primo de Jesus Cristo, principal figura do catolicismo.&nbsp;

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Considerado pela igreja cat&oacute;lica como &ldquo;precursor&rdquo;, Jo&atilde;o Batista se diferencia de outros santos, tendo o seu dia celebrado na data em que nasceu e n&atilde;o no dia de sua morte. Ele ainda era conhecido por realizar batismos e batizou o pr&oacute;prio Cristo. Apesar de ser um dia de um santo, a origem da festa &eacute; pag&atilde;, mas foi aderida pelo catolicismo e tem um car&aacute;ter religioso. Com o intuito de explicar sobre a festividade, a reportagem do Bahia Not&iacute;cias preparou uma mat&eacute;ria especial acerca do significado da festa, sua origem, caracter&iacute;sticas e elementos.&nbsp;

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De acordo com o historiador, Rafael Dantas, a tradi&ccedil;&atilde;o da festa junina no pa&iacute;s &eacute; oriunda e tem influ&ecirc;ncia europeia, desde o Brasil Col&ocirc;nia, atrav&eacute;s dos portugueses, que tamb&eacute;m celebram o santo, al&eacute;m dos espanh&oacute;is.&nbsp;

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&ldquo;O S&atilde;o Jo&atilde;o nasce junto com a ocupa&ccedil;&atilde;o europeia no contexto brasileiro. Ent&atilde;o temos os primeiros registros, as primeiras descri&ccedil;&otilde;es j&aacute; na &eacute;poca da Col&ocirc;nia, especialmente no decorrer do s&eacute;culo XVII, com essa presen&ccedil;a ib&eacute;rica, ou seja, portuguesa e espanhola, aqui no contexto do que vem se tornar o Brasil, do que vem se tornar Salvador. Temos inclusive algumas men&ccedil;&otilde;es relacionadas aos santos. N&atilde;o s&oacute; Jo&atilde;o al&eacute;m de outros santos populares. Isso come&ccedil;a a se intensificar no decorrer dos s&eacute;culos seguintes, especialmente com a for&ccedil;a da Igreja Cat&oacute;lica&rdquo;, revelou Dantas.&nbsp;

 
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Segundo o especialista, a festa tem um grande marco por conta do enorme apelo popular e expressividade que ultrapassa o tempo e gera&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m da mem&oacute;ria afetiva.&nbsp;

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&ldquo;Eu diria que talvez essa inser&ccedil;&atilde;o popular, essa capilariza&ccedil;&atilde;o do ponto de vista do povo, como as pessoas abra&ccedil;am e sentem a festa ao longo do tempo, acho que essa &eacute; a principal causa, &eacute; o principal ponto de destaque para a gente entender a festa como um todo. O S&atilde;o Jo&atilde;o foi, continua e espero que fique como essa expressividade de um tempo, e especialmente de como as pessoas vivenciam isso com suas mem&oacute;rias afetivas&rdquo;, explicou.&nbsp;

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ELEMENTOS

Outro ponto explicado por Rafael foi acerca dos elementos que s&atilde;o utilizados durante os dias juninos, a exemplo das comidas t&iacute;picas, bebidas, roupas entre outros.&nbsp;

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&ldquo;&Eacute; uma tradi&ccedil;&atilde;o mediterr&acirc;nea, que bebe de cultos pag&atilde;os que foram ressignificados pela igreja cat&oacute;lica, seguindo a ideia direcionada ao culto dos santos espec&iacute;fico e chegam no Brasil. A fogueira &eacute; important&iacute;ssima, como esse elemento j&aacute; presente na Europa, ligada a essa quest&atilde;o das mudan&ccedil;as de esta&ccedil;&otilde;es, as mudan&ccedil;as de tempo, os momentos de fartura, de comidas espec&iacute;ficas, assim como as roupas tamb&eacute;m, que bebem de uma tradi&ccedil;&atilde;o relacionada &agrave; quest&atilde;o campestre, que vem para o Brasil. Tem uma mistura com a quest&atilde;o ind&iacute;gena tamb&eacute;m, que &eacute; muito forte aqui, e depois com a quest&atilde;o africana. Mas especialmente elementos que j&aacute; estavam presentes em culturas antigas, no contexto mediterr&acirc;neo europeu, que v&ecirc;m para o Brasil e s&atilde;o hibridizados, misturados &agrave;s influ&ecirc;ncias das culturas tanto brancas como ind&iacute;genas, amer&iacute;ndias ou negras&rdquo;, detalhou.&nbsp;

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O uso de outros elementos como a dan&ccedil;a, bandeirolas entre outros foi explicado tamb&eacute;m pelo o Vig&aacute;rio para Cultura Educa&ccedil;&atilde;o e Comunica&ccedil;&atilde;o na Arquidiocese de Salvador, Manoel Filho.&nbsp;

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&ldquo;As quadrilhas das festas juninas vem das dan&ccedil;as de sal&atilde;o na Fran&ccedil;a e na Europa, do renascimento da origem, aquelas dan&ccedil;as de casais ensaiadas dos casais. Ent&atilde;o tudo isso vem de Portugal, uma heran&ccedil;a muito forte. Os enfeites, as bandeirinhas, o colorido, se a gente chega hoje em Portugal, a gente vai encontrar tamb&eacute;m isso l&aacute;. A gente chega aqui e dialoga com a culin&aacute;ria mais ind&iacute;gena, do amendoim, do milho e l&aacute; est&aacute; presente a sardinha assada na brasa, as ruas ficam com cheiro de sardinha durante o m&ecirc;s de junho.Toda essa festa vem de l&aacute; e &oacute;bvio chega aqui vai encontrando as suas caracter&iacute;sticas pr&oacute;prias&rdquo;, observou Filho.&nbsp;

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A fogueira, um dos principais elementos culturais da festa, carrega uma lenda e uma hist&oacute;ria por tr&aacute;s do seu uso, que muitas pessoas desconhecem. Segundo Manoel, existe uma tese de que quando Jo&atilde;o Batista nasceu, sua m&atilde;e, a Santa Isabel, tia de Jesus, acendeu uma fogueira na porta de casa para avisar a Maria que seu Jo&atilde;o tinha nascido.&nbsp;

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&ldquo;A fogueira existe uma lenda a qual Santa Isabel acendeu uma fogueira na porta de casa para avisar a Nossa Senhora que S&atilde;o Jo&atilde;o tinha nascido. As fogueiras tem a ver tamb&eacute;m com o aquecer a noite de frio tamb&eacute;m. Ent&atilde;o no fundo &eacute; essa grande mistura, esse grande caldeir&atilde;o onde se coloca a religi&atilde;o, a cultura, por causa da festa religiosa surgem manifesta&ccedil;&otilde;es culturais&rdquo;, pontuou.&nbsp;

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O vig&aacute;rio indicou ainda sobre a import&acirc;ncia do S&atilde;o Jo&atilde;o n&atilde;o s&oacute; para a cultura, mas para a economia e turismo.&nbsp;

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&ldquo;Esse movimento de volta &agrave;s Origens tem uma repercuss&atilde;o econ&ocirc;mica muito grande tamb&eacute;m. &Agrave;s popula&ccedil;&otilde;es urbanas voltam para as pequenas cidades do interior. Ent&atilde;o s&atilde;o 6 dias em que a capital &eacute; o interior. O centro do Estado est&aacute; no interior. Essa centralidade da vida do estado n&atilde;o est&aacute; na capital, est&aacute; no interior, ent&atilde;o isso faz toda a diferen&ccedil;a. Isso leva a economia, faz a economia girar e faz com que n&oacute;s nos tornemos turistas em nosso pr&oacute;prio estado. O S&atilde;o Jo&atilde;o &eacute; marcado muit&iacute;ssimo por esse turismo local, por esse deslocamento. Da capital para o interior, o que leva a um movimento econ&ocirc;mico gigantesco&rdquo;, indicou.&nbsp;

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