‘Hiteiro’, Tarcísio diz apostar em músicas sem apelação: “Basta ser de coração que dá tudo certo”

Dono de hits que ultrapassam 80 milhões de reproduções em plataformas digitais, como o Spotify, Tarcísio do Arcodeon garante que tem trabalhado para fazer a sua música perdurar por muitos anos, sem precisar “apelar”. A fala do artista foi concedida em entrevista coletiva, na noite deste sábado (1º), no São João da Bahia, no Parque de Exposições, em Salvador.

 

“Eu acho que essa é a maior recompensa, quando o idoso, a criança, quando todas as classes cantam porque eu acho que a verdadeira música, a que fica, é aquela música que atinge todas as classes sem apelar, sem falar o palavrão, sem fazer apologia às coisas ruins. Então, é isso que eu acredito”, afirmou.

 

Foto: André Carvalho / Bahia Notícias

 

A meta, segundo Tarcísio, é alcançar patamares como os de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, com inúmeros sucessos tocados e cantados até hoje. “Quem é que não canta: ‘eu só quero um amor’? Todo mundo gosta disso, porque é música boa, então é a que fica e é isso que eu quero fazer. Estou tentando, né, fazer a música boa”, disse.

 

Sobre possíveis parcerias com artistas baianos de outros gêneros musicais, a exemplo do pagode, Tarcísio do Acordeon descartou a possibilidade: “cada um no seu canto”. No entanto, ele assegurou que a Bahia é um “estado muito fácil de trabalhar”.

 

“Porque o povo é muito apaixonado aqui, o povo gosta de um arrocha, da sofrência. Eu tenho um pouquinho disso, daquilo que fala do coração. É muito fácil trabalhar na Bahia, não precisa apelar, só basta ser de verdade, ser de coração que tudo dá certo. Então, esse é o meu grande clichêzinho aqui na Bahia, é tocar as coisas que falam de coração”, concluiu.

 

Foto: André Carvalho / Bahia Notícias