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Fritada pelo Centrão, presidente da Caixa recebe desagravo e gritos de “fica” em cerimônia no Palácio do Planalto

Por Edu Mota, de Brasília

Cerimônia Palácio do Planalto
Foto: Reprodução TV Brasil

A cerimônia para sanção da lei que recria o programa Minha Casa Minha Vida, no Palácio do Planalto, acabou se tornando espaço para um desagravo à presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano. Dirigentes de movimentos urbanos e rurais de luta por terra e moradia presentes no evento, nesta quinta-feira (13), por diversas vezes gritaram o nome da presidente da Caixa, a aplaudiram com intensidade quando Jéssica Brito, representante do Movimento Camponês Popular, gritou: “Rita Serrano fica!”. 

 

“Temos certeza que vamos avançar nas conquistas quando temos um governo comprometido com o projeto democrático e inclusivo. Pelo direito a uma moradia no campo, por uma Caixa pública, forte e democrática, Rita Serrano fica”, gritou Jéssica. A plateia reagiu com palmas e gritando “fica, fica”. A presidente da Caixa Econômica chegou a enxugar lágrimas. 

 

A presidência do banco se tornou uma das principais demandas do Centrão. Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já fizeram chegar ao governo que desejam emplacar no comando da Caixa o ex-ministro das Cidades e ex-presidente do banco, Gilberto Occhi. Ligado ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), Occhi entraria no governo na cota do PP.

 

Ao falar na cerimônia, Maria Rita Serrano, que é filiada ao PT e funcionária de carreira do banco, fez um balanço da sua gestão à desde que foi nomeada para comandar a instituição. Maria Rita disse que encontrou um banco desmantelado, atrasado tecnologicamente e enfrentando diversas denúncias de assédio.

 

“Nesses seis meses de gestão, encontramos o banco desmantelado, preparado para privatizar as suas principais operações, e vivendo uma política de medo e assédio colocada dentro do banco, assim como no País. Tínhamos um banco com atraso tecnológico, muito distante das demandas das cidades e estados, e burocratizado. Remontamos a equipe, refizemos o nosso plano estratégico à luz das demandas do governo, e também da possibilidade de ampliar a nossa disputa no sistema financeiro nacional. Retomamos a relação com prefeitos, governadores, empresas e entidades”, destacou a presidente da Caixa. 

 

Sobre o Minha Casa Minha Vida, Maria Rita Serrano afirmou que os funcionários receberão treinamento para que haja melhoria no atendimento a quem procurar participar do programa. A presidente da Caixa disse ainda que procurou cumprir o único pedido que o presidente Lula teria feito a ela, de recriar as salas de cidades e estados nas agências da instituição. A recriação das salas, segundo ela, melhorou a relação do banco com governadores, prefeitos, deputados e senadores.

 

“Abrimos em torno de 60 salas para criar uma sinergia entre as demandas do governo federal e a demanda dos municípios, principalmente porque o que queremos é ampliar o desenvolvimento local, porque é nas cidades que as pessoas vivem. Com as salas atendemos governadores, prefeitos, deputados, senadores. Eu mesma atendi boa parte dessas pessoas na matriz da Caixa. O programa estava parado, muitas vezes desde 2015. Na Bahia, por exemplo, havia casas que estavam 90% concluídas e há muito tempo com suas obras paralisadas. Entregamos agora quase 8 mil unidades habitacionais, beneficiando 30 mil pessoas, e vamos entregar no segundo semestre mais 10 mil unidades dessas que estavam paradas. Contem com a Caixa que a Caixa conta com vocês”, encerrou a presidente do banco.