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Arthur Maia afirma que ex-diretor da Abin será o primeiro a ser ouvido pela CPMI do 8 de janeiro na volta do recesso

Por Edu Mota, de Brasília

Arthur Maia na CPMI
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O deputado federal Arthur Maia (União-BA), em postagem nas suas redes sociais nesta quarta-feira (26), comunicou que na primeira reunião da CPMI após o recesso, na próxima semana, será ouvido o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha. Arthur Maia disse que o ex-diretor da Abin deverá falar aos membros da comissão sobre as diferentes versões apresentadas em relatórios da agência referentes aos episódios do dia 8 de janeiro em Brasília. O dia da reunião ainda não foi agendado.

 

A convocação do ex-diretor Saulo Moura da Cunha atende aos requerimentos apresentados pelos senadores Magno Malta e Izalci Lucas e deputados Marco Feliciano, André Fernandes, Nikolas Ferreira e Delegado Ramagem, todos de oposição. Esses requerimentos foram aprovados na reunião administrativa realizada no dia 20 de junho. 

 

Os parlamentares da CPMI alegam que a Abin produziu diversos alertas sobre riscos de um ataque a prédios públicos de Brasília, inclusive na véspera das invasões e depredação de patrimônio público realizadas no dia 8 de janeiro, na capital federal. Os alertas foram enviados para o Sistema Brasileiro de Inteligência, que reúne 48 órgãos do governo.

 

Um dos documentos mencionados pelos membros da comissão revela um aviso emitido no sábado, 7 de janeiro, no qual a Abin teria mencionado o aumento do número de fretamentos de ônibus com destino a Brasília naquele final de semana em que ocorreram os atos de vandalismo. O comunicado da agência teria alertado para a chegada em Brasília de um total de 105 ônibus, com cerca de 3.900 passageiros. 

 

Saulo Moura da Cunha foi nomeado pelo presidente Lula como diretor adjunto da Abin no dia 1º de janeiro deste ano, e estava no cargo no dia dos acontecimentos em Brasília. Cunha permaneceria no posto como adjunto até a sua aprovação em sabatina no Senado Federal. Saulo Moura Cunha é servidor de carreira, tendo ingressado na Abin em 1989. Ele foi exonerado do cargo em março e, em abril, escolhido para chefiar a assessoria especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

 

Moura assumiu as novas funções no GSI em 13 de abril. No dia 19, uma semana depois, foram divulgadas imagens do então ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, dentro do Palácio do Planalto durante a invasão do 8 de janeiro, fato que provocou a sua exoneração. Em 02 de junho, o presidente Lula exonerou Saulo Cunha da chefia da assessoria especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do GSI.

 

Na Abin, Saulo foi adido de Inteligência no Japão, diretor do Departamento de Contraterrorismo, diretor do Departamento de Integração do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e coordenador das ações de inteligência dos grandes eventos no país, como os Jogos Olímpicos Rio 2016 e a Copa do Mundo de 2014. Ele integrou ainda o Grupo Técnico de Inteligência Estratégica do gabinete de transição governamental.