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Registros da Sefaz em áreas verdes têm preocupado moradores de condomínios residenciais de Salvador; entenda

Por Victor Hernandes

Registros da Sefaz em áreas verdes têm preocupado moradores de condomínios residenciais de Salvador; entenda
Foto: Reprodução Redes Sociais

Os registros de terrenos e áreas verdes feitos pela Secretaria da Fazenda de Salvador (Sefaz) em condomínios residenciais têm preocupado e incomodado alguns moradores de bairros da capital baiana. 

 

De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, a pasta teria entregado notificações para moradores que têm casas próximas a essas respectivas áreas verdes que fazem limite com o residencial Estrela do Mar, Itapuã e Itaparica, localizados no condomínio Alphaville I. No local, os registros estariam sendo feitos próximo a parte do Vale Encantado. 

 

O caso teria ocorrido também no condomínio Vera Cruz e Morada dos Arcos, ambos localizados no bairro do Imbuí. Segundo foi informado ao BN por moradores dessa área, as notificações estariam sendo entregues pela coordenação de administração do patrimônio público do órgão e foram apresentadas com a justificativa de que o registro seria para regularizar em cartório o espaço como área pública verde pertencente a prefeitura.  

 

“A prefeitura quer regularizar uma área verde que é chamada área pública. Então eles fizeram contato para que a gente dissesse que aquela medida era correta. E assim a gente fez para poder dizer que não entrou em nossa área. Nós recebemos uma notificação que eles chamam de notificação de confronto de confrontação, pois essa área é uma área verde que não é nossa que é do lado de fora e faz limite com a gente, em nossa parte externa“, explicou uma moradora que preferiu não se identificar. 

 

POSSÍVEL VENDA

Alguns moradores apontaram ao Bahia Notícias que o motivo da preocupação deles estaria relacionado com o medo de perder área verde e até privacidade, já que segundo eles em outros locais da cidade a pasta teria feito o mesmo registro e vendido a área posteriormente à notificação. 

 

Segundo informações fornecidas ao BN, o caso teria acontecido em um terreno próximo ao Salvador Shopping, na Rua Alceu Amoroso, onde funciona a atual sede da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob). O prédio do órgão funciona às margens sem recuo próximo a um rio na localidade. 

 

A mudança dessa sede da Semob carregou também uma polêmica em relação ao terreno onde funcionava a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) e a Secretaria Municipal de Gestão (Semge), nos Barris, no Centro Histórico de Salvador. 

 

A prefeitura vendeu o terreno em 2019 e logo depois assinou um contrato de locação do mesmo pedaço de terra por R$ 59 mil mensais.

 

Informações obtidas pelo Bahia Notícias dão conta que a prefeitura, através da Sefaz chegou a tentar ceder um terreno no local para a construção de uma unidade da Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição de ensino superior privada, com sede em São Paulo.  

 

Além disso, de acordo com interlocutores da reportagem, o terreno da nova sede da Semob também teria sido registrado pela Sefaz e posteriormente foi vendido e alugado. Outros terrenos na Pituba estariam passando pelo mesmo processo e por conta disso estariam causando essa preocupação a esses moradores do Imbuí e Paralela, já que a área registrada pela pasta também fica próxima a uma área verde. 

 

“Quem garante que realmente é só para registro já que anteriormente eles registraram e venderam áreas”, afirmou outro morador. 

 

Os moradores apontaram ainda à reportagem do Bahia Notícias alguns outros questionamentos acerca da procedência da desapropriação dos espaços. 

 

“Qualquer área verde que não seja desafetada e que seja vendida para a área particular é uma preocupação, pois é uma área verde a menos na cidade”, disse outro morador que também não quis se identificar.