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Baleia Rossi e MDB teriam dado aval financeiro para candidatura de Geraldo Jr. em Salvador

Por Fernando Duarte

Baleia Rossi e MDB teriam dado aval financeiro para candidatura de Geraldo Jr. em Salvador
Foto: Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

O vice-governador Geraldo Jr. (MDB) teria conseguido um aval importante para tentar se cacifar como candidato do grupo do governo Jerônimo Rodrigues à prefeitura de Salvador. O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, entrou no circuito e fez chegar aos ouvidos de articuladores baianos que a legenda embarcaria no projeto e “bancaria” os custos da empreitada. No entanto, o caminho não está completamente sacramentado.

 

Os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima teriam sido os avalistas do debate, após um período em que o vice-governador submergiu dos holofotes. Apoiado nessa garantia do acesso aos fundos partidário e eleitoral, o “desejo” de Geraldo Jr. de ser candidato a prefeito aumentou as chances dele se cacifar para o posto, deixando para trás nomes como Robinson Almeida (PT) e Olívia Santana (PCdoB), que foram lançados pré-candidatos e integram a Federação Brasil da Esperança, e Pastor Sargento Isidório (Avante).

 

A equação não está integralmente resolvida. O governador Jerônimo Rodrigues deve realizar uma nova rodada de conversas com representantes de partidos da base, especialmente PT e PCdoB, antes que haja qualquer movimentação para apresentar Geraldo Jr. publicamente como candidato pelo grupo. O petista teria chegado a um acordo com os ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa, que consentiram a costura.

 

CHAPA PROPORCIONAL

Uma das incógnitas no debate está na formação da chapa proporcional, já que o MDB não dispõe de nomes competitivos para uma bancada robusta na Câmara e a ausência de uma candidatura de PT, PCdoB e PV poderia impactar numa eventual redução da representatividade da esquerda - leia-se da federação formada pelas siglas - no Legislativo soteropolitano.

 

Por essa razão, a mobilização em torno do nome de Geraldo Jr. é observada com cautela, ainda que o ex-presidente da Câmara da capital baiana possa gerar um embate importante contra o atual prefeito Bruno Reis (União), de quem foi aliado formalmente até março de 2022, quando rompeu com o grupo e foi alçado candidato a vice de Jerônimo.

 

O próprio Geraldo Jr. e o entorno dele tentam “obrigar” uma adesão da esquerda ao projeto político dele ao buscar a indicação de um nome ligado originalmente ao PT ou ao PCdoB, constituindo um equilíbrio maior e até mesmo um engajamento da militância na campanha. Tal construção também estaria em análise, já que é preciso evitar que virtuais arestas nesse processo de indicação podem dificultar o entendimento.

 

Como figuras como o senador Jaques Wagner têm cobrado publicamente uma definição rápida sobre quem deve representar o grupo do governo nas urnas soteropolitanas em 2024, é provável que o processo seja acelerado. O tempo, nesse caso, corre a favor do emedebista, que teria criado condições favoráveis à indicação dele ao posto.