Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Social

Notícia

“Esse é um trabalho que a gente vai ter que fazer por nós mesmos”, afirma Alan Soares sobre investimentos em eventos pretos

Por Ana Clara Pires / Eduarda Pinto

“Esse é um trabalho que a gente vai ter que fazer por nós mesmos”, afirma Alan Soares sobre investimentos em eventos pretos
Foto: Ana Clara Pires / Bahia Notícias

O empresário Alan Soares comentou, neste sábado (04), durante o festival Liberatum, sobre a prática de investimentos em negócios pretos no Brasil. Na ocasião, Alan se declarou como um “afro pessimista” e explica que “esse é um trabalho que a gente vai ter que fazer por nós mesmos”. 

 

Ao Bahia Notícias, o criador do Movimento Black Money - MBM reitera que parte do problema também é geográfico, já que a concentração de renda no sudoeste dificulta a produção cultural fora deste eixo. “As dificuldades são cumulativas. Existe um problema geográfico, o acúmulo de capital em eventos, eles acabam sendo colocados no sudeste, ele vai ficar em Rio-São Paulo, a gente vai ter o Rock in Rio, vai ter o The Town, tem fila de patrocinadores querendo participar. Quando vão fazer alguma coisa em Salvador, sempre vai ser no carnaval e a gente sabe pra onde esse dinheiro vai. Então a gente tem aqui uma ideia de xenofobia e também de racismo”, declara. 

 

Ainda nesta semana, o Secretário de Cultura de Salvador, Pedro Tourinho, expôs as dificuldades para finaciar eventos negros em Salvador. Sobre o assunto, Alan diz ainda que não enxerga uma mudança de cenário por parte dos investidores brancos. “Eu sou um indivíduo que é da linha do afro pessimismo. Eu acredito que esse dia não vai chegar. Porque não é interessante que um indivíduo que tem poder, ceder poder. Justamente porque o tema aqui não é para falar da dor do individou negro e sim da potencialiade desse indivíduo negro. Ele sempre vai nos oferecer migalhas, ele nunca vai dar pra gente oportunidade de crescimento, isso é um trabalho que a gente vai ter que fazer para nós mesmos”, afirma.