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Justiça determina volta de intervenção da Arquidiocese na Basílica do Bonfim em nova reviravolta

Por Redação

Justiça determina volta de intervenção da Arquidiocese na Basílica do Bonfim em nova reviravolta
Foto: Reprodução Prefeitura de Salvador

O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) devolveu a gestão da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim à Arquidiocese de Salvador - deixando para esta a escolha do pároco, ao invés da Irmandade do Nosso Senhor do Bonfim. A decisão em agravo estabelece que a intervenção da arquidiocese emposse novos gestores e um novo juiz na irmandade da Basílica. 

 

A intervenção da irmandade havia sido decretada pelo Cardeal D. Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil, em agosto, após um grupo de dissidentes liderado pelo Juiz da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim, Jorge Nunes Contreiras questionar a gestão de 16 anos do Padre Edson. A Justiça havia suspendido a intervenção na última terça-feira (7), porém, segundo o jornal Tribuna da Bahia, voltou atrás nesta segunda (12).  

 

Conforme a reportagem, a comissão de intervenção, liderada pelo Padre Abel, coordenou as operações administrativas no local por 90 dias e, ao fim deste prazo, estabeleceu eleições abertas. Porém, o grupo ligado ao Juiz não compareceu ao local de votação. Por 72% dos votos, foi vencedora a opção de acabar com a intervenção.

 

Entretanto, uma semana antes da arquidiocese devolver a irmandade para que fosse definida a nova gestão na Devoção da Basílica, a liminar retirou a intervenção coordenada pelo Padre Abel e decidiu pelo retorno do comando da instituição à Irmandade do Senhor do Bonfim. Agora, com a nova decisão informada nesta segunda-feira (13), volta a Arquidiocese de Salvador a responsabilidade de selecionar o representante, podendo retornar a gestão do padre Abel, seguindo as diretrizes da Igreja Católica Apostólica Romana.


Uma das reclamações acerca do Padre Edson seria seu apoio ao sincretismo religioso, bem como operações financeiras envolvendo desde doações a venda de materiais católicos em lojas ao lado da igreja. Um grupo de fiéis alegava que  a legislação que incide sobre as relações da Igreja não seria o direito canônico, vinculado à Igreja Católica, e sim o direito privado, já que o espaço seria de propriedade da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim.

 

Na última sexta-feira (10), o presidente do TJBA, desembargador Nilson Soares Castelo Branco, recebeu a visita do Cardeal D. Sérgio da Rocha, acompanhado do Padre Abel Pinheiro. Segundo a instituição, "a visita de cortesia foi marcada pelo estreitamento dos laços institucionais entre as entidades".