Vaga no TCM: Daniel Almeida avisa que PCdoB tem interesse e Jerônimo diz não se envolver
Por Carine Andrade/Beatriz Bulhões
A vaga que abrirá no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em dezembro, já está sendo alvo de disputa política. Nesta sexta-feira (17), o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) reforçou sua vontade ao cargo e elencou os motivos que, para ele, o PCdoB deve ser o partido a escolher o próximo conselheiro.
“É natural que existam pleitos, reconhecemos a legitimidade, mas o PCdoB é o terceiro em partido nesse bloco da federação e o terceiro maior apoio do governo [atrás das bancadas do PT e PSD]”, sinalizou.
Ele também alegou que o partido nunca participou de espaços no Tribunal de Contas. “Nas últimas eleições também não participamos da chapa majoritária. Todos esses levantamentos têm sido levantados e reconhecidos", disse.
Ainda assim, mesmo que o PCdoB ganhe o poder da indicação, Daniel terá que lidar com a disputa internamente, já que o deputado estadual Fabrício Falcão, por exemplo, também está interessado no cargo. “O PCdoB sempre debate democraticamente e decide coletivamente. A decisão é sempre do partido. Nós não fizemos ainda essa deliberação no fórum partidário, na hora certa irá acontecer”, desconversou.
GOVERNADOR
O deputado federal indicou que já estão acontecendo tratativas com o governador Jerônimo Rodrigues sobre o assunto. Questionado pela equipe do Bahia Notícias, entretanto, o petista disse “não se envolver”.
“Eu não tenho a expectativa de me envolver com o caminho e o percurso de algumas decisões da Assembleia [Legislativa da Bahia]. Eu tenho interesse, em relação com a Assembleia, [apenas] em relação aos projetos”, defendeu. “Sobre o TCM e TCE, eu tenho muito cuidado em saber qual é minha participação”, continuou.
A escolha para os cargos de Tribunal de Contas são cargos indicativos da Assembleia Legislativa e que precisam ser validados pela Comissão de Constituição e Justiça, em uma sabatina, antes de exercerem a função. Todos esses trâmites devem ocorrer apenas em dezembro, quando houver, de fato, a vacância.