PV deve ter apenas André Fraga como candidato da base de Bruno em Federação com PT e PCdoB em Salvador
Por Mauricio Leiro
A arrumação da chapa de vereadores da Federação com PT, PCdoB e PV segue aquecendo o debate entre a oposição e o governo, em Salvador. Com estratégias distintas, o PV segue sendo alvo das articulações para a inclusão e a retirada de nomes da disputa.
Informações obtidas pelo Bahia Notícias com interlocutores da gestão do prefeito Bruno Reis (União) dão conta que o grupo deve promover um "esvaziamento" de lideranças e candidaturas no PV, exceto uma: André Fraga. Tradicional nome ligado à pauta dos Verdes, Fraga segue no partido, mesmo após a migração de lado da legenda e a composição na Federação. Integrantes do PV, que compõe a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), chegaram a dizer ao BN que o futuro de Fraga poderia estar mais distante do partido (reveja mais).
Interlocutores do partido apontaram ao BN que, mesmo com a intenção de Ivanilson Gomes, presidente dos verdes no estado, de manter Fraga na legenda para a disputa das eleições em 2024, outros empecilhos podem ser determinantes para a saída. Um dos “principais adversários" do edil para manter a filiação deve ser a federação - composta por PCdoB, PT e o próprio PV.
Apesar disso, a estratégia seria realizar a "gestação" de André no PV, conseguindo êxito nas eleições de 2024 com os votos ligados à Federação. O movimento seguraria o movimento de migração de Fraga para outra legenda e "agradaria" o edil por conta da história na legenda. Dentro da federação, segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias com lideranças da legenda, o PT terá 18 das 44 candidaturas possíveis da federação com o PCdoB e o PV (veja aqui).
CENÁRIO NA FEDERAÇÃO
O "bate cabeças" pela candidatura de oposição em Salvador ainda tem gerado algumas "teses" entre os políticos do grupo. De acordo com mandatários que ocupam a federação formada por PT, PCdoB e PV, a ausência de nomes com traços ideológicos na disputa pela prefeitura pode gerar o reforço de outras legendas.
A avaliação de vereadores com mandato e postulantes pelo grupo partidário é de que o movimento de não ter "candidatos de esquerda", propicie o reforço na bancada do PSOL na Câmara soteropolitana. Ao Bahia Notícias, eles sugeriram que o movimento se daria por conta do "voto ideológico" ligado à esquerda, além do conhecido "voto de legenda", que seria reforçado pela candidatura do PSOL na capital.