O presidente da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Promo&ccedil;&atilde;o Internacional do Turismo (Embratur), o ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT), comprometeu-se com o prefeito de Itacar&eacute;, Ant&ocirc;nio de An&iacute;zio (PT), a atuar para ampliar o n&uacute;mero de turistas estrangeiros que visitam o munic&iacute;pio, realizando a promo&ccedil;&atilde;o no exterior, com foco nos mercados que buscam destinos de sol e praia, e de ecoturismo.

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&ldquo;Eu conhe&ccedil;o Itacar&eacute;, &eacute; um para&iacute;so que n&oacute;s temos no Brasil, que vamos promover porque tem um grande potencial de crescimento do turismo internacional. O turista vai encontrar praias incr&iacute;veis, mas tamb&eacute;m tem ecoturismo, cachoeira, trilha, esportes radicais. Vamos articular com as ag&ecirc;ncias de turismo e mesmo estudar a viabilidade de Itacar&eacute; ser destino para os n&ocirc;mades digitais&rdquo;, pontuou Freixo.

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Na reuni&atilde;o, articulada pelo deputado federal Jorge Solla (PT) e realizada nesta segunda-feira (27), em Bras&iacute;lia, o prefeito An&iacute;zio, que tamb&eacute;m &eacute; presidente do Cons&oacute;rcio de Desenvolvimento Sustent&aacute;vel do Territ&oacute;rio Litoral Sul (CDS-LS), destacou que Itacar&eacute; tem investido em sustentabilidade no turismo.

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&ldquo;Nossa campanha &eacute; Itacar&eacute; Cidade Verde. Entre os avan&ccedil;os que conseguimos construir est&aacute; o fim do lix&atilde;o do munic&iacute;pio. Temos atividades tur&iacute;sticas voltadas para a sustentabilidade, completo de riquezas naturais e com foco em atender, simultaneamente, &agrave;s necessidades dos turistas e das comunidades receptoras, protegendo e ampliando as oportunidades para o futuro&rdquo;, disse.

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Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o

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S&Atilde;O JO&Atilde;O

Os prefeitos de Amargosa, J&uacute;lio Pinheiro, e de Brej&otilde;es, Sandro Correia, tamb&eacute;m participaram da reuni&atilde;o e pautaram a necessidade de promo&ccedil;&atilde;o internacional do S&atilde;o Jo&atilde;o da Bahia. Atualmente os dois munic&iacute;pios n&atilde;o recebem turistas estrangeiros, mas entraram no radar da Embratur para que possam constituir novos destinos a serem promovidos pela ag&ecirc;ncia.

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&ldquo;Hoje o mercado de luxo no turismo internacional &eacute; o da experi&ecirc;ncia aut&ecirc;ntica, singular, que o turista s&oacute; vai encontrar naquele lugar. O S&atilde;o Jo&atilde;o &eacute; uma festa com essa caracter&iacute;stica, e nosso interior tem potencialidades ao longo do ano ainda n&atilde;o exploradas de turismo rural, com muita natureza, tranquilidade e excelente culin&aacute;ria. N&oacute;s criamos uma ger&ecirc;ncia na Embratur para olhar para esses potenciais destinos&rdquo;, destacou Freixo.

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O prefeito J&uacute;lio Pinheiro concordou. &ldquo;N&oacute;s sabemos que precisamos avan&ccedil;ar algumas etapas para receber turistas estrangeiros, mas queremos entender quais s&atilde;o os primeiros passos que precisamos dar. Quem vai conhecer Amargosa sabe que &eacute; uma cidade aconchegante, que trata bem o visitante, e nosso S&atilde;o Jo&atilde;o &eacute; nosso maior cart&atilde;o postal&rdquo;, disse.

Marcelo Freixo (PT) construiu sua carreira pol&iacute;tica baseada em um grande enfrentamento &agrave;s mil&iacute;cias no estado do Rio de Janeiro. Sua hist&oacute;ria chegou a basear um dos personagens do filme &ldquo;Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora &eacute; Outro&rdquo;. Hoje, como presidente da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Promo&ccedil;&atilde;o Internacional do Turismo (Embratur), ele trabalha ao lado da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (Uni&atilde;o), que &eacute; acusada de manter conex&otilde;es com um grupo de milicianos da Baixada Fluminense, no interior do RJ.

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Questionado se haveria desconforto em trabalhar com um quadro pol&iacute;tico suspeito de ser pr&oacute;ximo a mil&iacute;cias, o presidente da Embratur tergiversou e apostou em sua trajet&oacute;ria de combate ao crime organizado para se descolar da ministra. Freixo aproveitou para lembrar os assassinatos do seu irm&atilde;o Renato Freixo, em 2006, e da ex-vereadora carioca Marielle Franco, em 2018. Ambos os crimes teriam o envolvimento de milicianos, de acordo com o petista.

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&ldquo;Eu tive um irm&atilde;o assassinado, eu tive a Marielle assassinada e eu tenho uma filha que mora fora do Brasil por amea&ccedil;a. Ent&atilde;o ningu&eacute;m passou o que eu passei na vida p&uacute;blica no enfrentamento ao crime. Eu disputei elei&ccedil;&atilde;o, cumpri tr&ecirc;s mandatos de deputado estadual, um mandato de deputado federal com grande destaque, fui l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o ao Bolsonaro, todo mundo me conhece&rdquo;, despistou Freixo, em entrevista ao Bahia Not&iacute;cias.

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O presidente da Embratur afirmou que, apesar da proximidade de seu cargo com o minist&eacute;rio do Turismo, ele deve ter uma atua&ccedil;&atilde;o &ldquo;interministerial&rdquo;, junto a todos os ministros escolhidos pelo presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT), n&atilde;o necessariamente tendo um trabalho subordinado ao de Daniela Carneiro.

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&ldquo;O Turismo &eacute; interministerial, &eacute; transversal, a gente trabalha com todos os ministros e a ministra do Turismo, evidentemente, ser&aacute; uma parceira. Os ministros s&atilde;o escolhidos pelo Lula e a gente ter&aacute; um grande prazer em trabalhar com todo mundo colocado pelo Lula, porque a minha tarefa junto ao presidente &eacute; recuperar uma pol&iacute;tica para o turismo que gere emprego e renda. Nenhum problema em trabalhar com todos os ministros&rdquo;, afirmou o petista.

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Freixo tamb&eacute;m justificou ao BN as suas trocas de legenda nos &uacute;ltimos anos. Ele come&ccedil;ou sua sequ&ecirc;ncia de sucessos eleitorais pelo PSOL, partido ao qual se filiou em 2005, saindo do PT. Entretanto, em junho de 2021, o ent&atilde;o deputado federal deixou a sigla e mudou para o PSB, visando uma candidatura ao governo do Rio de Janeiro.

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&ldquo;Eu entrei no PSB para formar uma alian&ccedil;a para disputar uma elei&ccedil;&atilde;o important&iacute;ssima no Rio de Janeiro, criar um palanque para que Lula pudesse ter um palanque no Rio, na elei&ccedil;&atilde;o mais importante das nossas vidas. O Rio &eacute; um lugar -&nbsp;que a gente sabe -&nbsp;que vem de uma crise pol&iacute;tica muito profunda, que se desdobra em dom&iacute;nios territoriais, em rela&ccedil;&otilde;es criminosas com a pol&iacute;tica muito perigosas e a gente precisava ter uma candidatura de um campo progressista&rdquo;, explicou Freixo.

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&ldquo;O PSB era o partido capaz de fazer uma grande alian&ccedil;a em torno dele, coisa que n&atilde;o poderia ser feita pelo PSOL nem pelo PT. Fizemos isso, trouxemos o C&eacute;sar Maia como vice, t&iacute;nhamos o PT, o PSOL, o Cidadania, fizemos uma ampla alian&ccedil;a. N&atilde;o foi f&aacute;cil, porque era uma elei&ccedil;&atilde;o contra uma m&aacute;quina&rdquo;, continuou o presidente da Embratur, lembrando sua derrota para o governador reeleito Cl&aacute;udio Castro (PL).

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Em janeiro deste ano, por&eacute;m, Freixo resolveu deixar o PSB e retornar ao seu partido de origem: o PT. De acordo com ele, o fato dos socialistas n&atilde;o terem se juntado a outras legendas de esquerda em uma federa&ccedil;&atilde;o foi decisivo para a decis&atilde;o.

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&ldquo;A minha rela&ccedil;&atilde;o com o PT &eacute; muito antiga, uma rela&ccedil;&atilde;o de forma&ccedil;&atilde;o. Toda a minha juventude foi no PT e a possibilidade de eu ir para o PT era sempre muito grande. Eu fiquei na expectativa de saber qual era o projeto que o PSB iria apresentar. O PSB n&atilde;o aceitou entrar na federa&ccedil;&atilde;o, o que eu considerei um erro. Fui um voto vencido. Se entrasse na federa&ccedil;&atilde;o, acho que facilitaria muito, assim como PT, PCdoB e PV entraram. Mas foi uma op&ccedil;&atilde;o que o PSB fez. Eu tenho l&aacute; grandes amigos e aliados, mas a minha constru&ccedil;&atilde;o ser&aacute; no PT&rdquo;, concluiu Freixo.

O presidente da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Promo&ccedil;&atilde;o Internacional do Turismo&nbsp;(Embratur), Marcelo Freixo (PT), defende que a Bahia e o Rio de Janeiro sejam espa&ccedil;os de fomento de um &ldquo;afroturismo&rdquo;, voltado para a valoriza&ccedil;&atilde;o da parte da cultura brasileira com origens no continente africano. De acordo com ele, a grande comunidade negra dos Estados Unidos -&nbsp;interessada cada vez mais em sua heran&ccedil;a cultural -&nbsp;seria um potencial consumidor para o mercado nacional.

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&ldquo;A gente hoje tem um investimento muito pequeno no Turismo. A reconstru&ccedil;&atilde;o do Brasil tem uma pot&ecirc;ncia enorme. A Bahia e o Rio de Janeiro, de onde eu venho, s&atilde;o lugares onde o afroturismo pode ser um grande instrumento de valoriza&ccedil;&atilde;o da cultura, da m&uacute;sica e dos espa&ccedil;os religiosos. A gente tem todo um mercado norte-americano, por exemplo, que pode visitar o Brasil e gerar aqui emprego, renda e desenvolvimento&rdquo;, declarou Freixo, em entrevista ao Bahia Not&iacute;cias.

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Ainda segundo o presidente da Embratur, o Brasil tamb&eacute;m tem grande dificuldade de explorar turisticamente toda a sua variedade ambiental, que &eacute; muito abordada no exterior devido ao Pantanal e sobretudo &agrave; Amaz&ocirc;nia.

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&ldquo;A gente tem na cultura do meio-ambiente possibilidades muito grandes de gera&ccedil;&atilde;o de emprego e de crescimento. Mas o turismo hoje no Brasil &eacute; muito menor do que na Col&ocirc;mbia, menor do que no Peru, na Argentina, mercados compar&aacute;veis ao do Brasil. E isso n&atilde;o tem cabimento pelo potencial que a gente tem. Voc&ecirc; vai na Floresta Amaz&ocirc;nica, voc&ecirc; vai em Gramado, Pantanal, Bonito, Rio de Janeiro, Pelourinho&hellip; Em qualquer lugar que voc&ecirc; v&aacute;, o Brasil, para todos os lados, &eacute; uma pot&ecirc;ncia gigante, tanto na quest&atilde;o ambiental e clim&aacute;tica quanto na quest&atilde;o da cultura e da gastronomia&rdquo;, avaliou o presidente da Embratur.

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Para Freixo, o papel da Embratur passa por atuar junto aos estados e aos munic&iacute;pios e sobretudo promover o Brasil no exterior, criando facilidades para a visita de estrangeiros ao pa&iacute;s. Nesse sentido, no dia 14 de fevereiro, ele realizou o relan&ccedil;amento da marca &ldquo;Brasil&rdquo;, retomando a escrita em portugu&ecirc;s, com a letra &ldquo;S&rdquo;, encerrando o uso da marca lan&ccedil;ada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL): &ldquo;Brazil: visit and love us&quot; (Brasil: visite e nos ame, em tradu&ccedil;&atilde;o livre do ingl&ecirc;s).

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&ldquo;Existe uma marca no Brasil, feita em 2005 atrav&eacute;s do Projeto Aquarela, que foi feita em cima de um estudo muito profundo. Lamentavelmente, o governo Bolsonaro trocou essa marca para um Brasil com Z, &lsquo;visite e nos ame&rsquo;, que &eacute; uma sugest&atilde;o inclusive de um turismo que a gente n&atilde;o quer no Brasil. A gente anulou essa marca, relan&ccedil;ou o projeto, recuperou a marca Brasil, projetamos em v&aacute;rios lugares do pa&iacute;s, com uma linguagem que ajuda o Brasil a se desenvolver no mundo inteiro&rdquo;, concluiu Freixo.

Notícia

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