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Guerra nas redes explode com revelação sobre caso Marielle e Brazão ora é chamado de "petista", ora de "bolsonarista"

Por Edu Mota, de Brasília

Brazão e Marielle Franco
Foto: Montagem / Divulgação

A revelação do site The Intercept de que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, teria sido apontado pelo ex-policial Ronnie Lessa como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, fez explodir uma guerra entre políticos e influenciadores de direita e de esquerda nas redes sociais. Brazão é classificado ora como “petista”, ora como “bolsonarista”, a depender da ideologia de quem posta o comentário. 

 

Na rede X, antigo Twitter, o assunto “Marielle” alcançou o topo dos trending topics, com mais de 200 mil postagens na tarde desta terça-feira (23). Políticos e influenciadores de direita, por exemplo, afirmam que Domingos Brazão foi eleito para mandato no TCE em 2015 com apoio da bancada do PT. 

 

Algumas das postagens com mais likes mostram uma foto de Domingos Brazão com uma camisa de campanha da então presidente Dilma Rousseff. Essas postagens afirmam que ele fez campanha para Dilma no Estado do Rio de Janeiro no ano de 2010. 

 

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos campeões de popularidade na rede X, chegou a postar, junto com a foto de Brazão com a camisa de campanha pró-Dilma: “Por que um petista mandou matar Marielle?”.

 

Há ainda perfis de direita que relembram momentos em que Brazão participou de eventos públicos com a presença do então presidente Lula. Foi o caso do perfil “Caneta Desesquerdizadora”, que publicou uma foto em que Domingos Brazão estava presente em um palanque junto com Lula, o prefeito Eduardo Paes e outros, em 2010. 

 

Já políticos e influenciadores de esquerda relembram o caso do passaporte diplomático concedido pelo então presidente  Jair Bolsonaro a parentes de Brazão. Segundo essas postagens, Bolsonaro teria concedido um passaporte diplomático em 2019 ao irmão de Domingos, Chiquinho Brazão, que era deputado federal na ocasião. 

 

“O nome de Brazão já havia aparecido outras vezes nas investigações e manifestou mais suspeitas quando, em 2019, Bolsonaro concedeu passaporte diplomático a familiares do acusado. Depois de 5 anos e 10 meses sem nenhuma resposta, seguimos em direção à justiça. À medida que as investigações continuam, e nós seguimos acompanhando até saber com certeza quem causou a morte de Marielle”, disse o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), lembrando o caso do passaporte.

 

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), em postagem na rede X, também citou o caso dos passaportes diplomáticos emitidos por Bolsonaro em 2019 para beneficiar membros da família Brazão. A deputada baiana disse ainda que após seis anos de “expectativa e sofrimento”, a verdade sobre o assassinato de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes começa a vir à tona.

 

“Todos os envolvidos precisam ser responsabilizados e punidos, inclusive aqueles que tentaram acoberta-los, flexibilizando até uma possível fuga. Justiça por Marielle e Anderson”, finalizou a deputada Alice Portugal.

 

Influenciadores de esquerda também postaram vídeos que mostram a família Brazão fazendo campanha para Jair Bolsonaro em 2022. Um dos vídeos mostra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao lado do então deputado federal Chiquinho Brazão, em diferentes momentos na campanha eleitoral daquele ano.