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Ricardo Alban diz que decisão do Copom é "injustificável"; Brasil continua vice-líder em ranking mundial de juros reais

Por Edu Mota, de Brasília

Comitê de Política Monetária
Foto: Assessoria de Comunicação Banco Central

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tomada nesta quarta-feira (31), de reduzir em 0,5% a taxa básica de juros, seria “injustificável” diante da necessidade de se reduzir de forma significativa o custo financeiro suportado por empresas brasileiras. Quem afirma é o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. 

 

O principal dirigente da indústria nacional considerou que a posição do Banco Central foi “excessivamente conservadora”. Para Ricardo Alban, mantido o cenário de inflação sob controle, é imprescindível que haja uma aceleração no ritmo de redução da taxa Selic, além dos cortes de 0,5% que começaram no ano passado, e levaram a taxa a cair de 13,75% para os atuais 11,25%.

 

“É necessário e desejável maior agressividade do Copom para que ocorra uma redução mais significativa do custo financeiro suportado por empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e consumidores. Sem essa mudança urgente de postura, seguiremos penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos emprego e renda”, afirmou o presidente da CNI.

 

Mesmo com o novo corte na Selic, o Brasil segue como vice-líder no ranking mundial de juros reais. Segundo pesquisa do economista Jason Vieira divulgada na plataforma MoneYou, que analisou as 40 principais economias do mundo, a taxa de juros reais brasileira, com a nova redução, fica em torno de 5,95% ao ano, abaixo apenas do México, com 6,49%.

 

Os juros reais são a conta considerando a taxa de juros descontada da inflação, e, mais do que a taxa bruta, é o número que de fato afeta a economia. Abaixo de México e Brasil estão Colômbia, com juros reais de 4,81%, Turquia, com 3,78%, e Indonésia, com 3,48%. 

 

O novo corte na Selic anunciado nesta quarta desagradou também a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), uma das principais críticas à gestão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Para a deputada petista, o cenário de queda sustentada da inflação, aumento das reservas internacionais, estabilidade da economia, recuperação da nota de crédito do país, aumento do emprego e da massa salarial justificariam uma maior ousadia dos membros do Copom no corte de juros. 

 

“O Brasil está pronto para retomar o crescimento com pujança, estimulado pelos investimentos do PAC, da Petrobrás e da Nova Indústria Brasil, entre outros. Falta o BC fazer sua parte e começar a reduzir pra valer a indecente taxa de juros. Cortar só 0,5 ponto da Selic outra vez é muito pouco. Tá na hora do BC pensar em suas responsabilidades com o país e fazer sua parte no esforço de reconstrução e crescimento”, disse Gleisi.

 

Mais crítico ainda à posição do Copom de cortar 0,5% da taxa anual de juros a cada reunião foi o deputado Lindbergh Farias (RJ), outra das vozes dentro do PT que condenam a gestão Roberto Campos. Lindbergh, em sua conta na rede X, diz inclusive que o presidente do Banco Central seria “inimigo do Brasil”.

 

“Roberto Campos Neto, você é inimigo do Brasil!! Diminuir a Selic em apenas 0,5% é querer atrasar o crescimento do país! A inflação está lá embaixo, o PIB cresceu, a Bolsa subiu. O que mais é necessário? Cada vez fica mais nítido a irracionalidade do Copom sob seu comando!”, afirmou o deputado petista. 

 

Para outro petista, o secretário de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta (RS), a decisão dos membros do Copom seria mais uma a mostrar que a economia brasileira estaria em um novo rumo desde o início do governo Lula. 

 

“FAZ O L: Mais uma vez, o Banco Central reduziu a expectativa de inflação para 2024, de 3,86%, para 3,81%. A taxa Selic também caiu pela quinta vez consecutiva e alcançou 11,25%, menor patamar em 2 anos. Números que mostram que o Brasil com Presidente Lula voltou à normalidade e vai muito bem. Lula decolou a economia”, disse Paulo Pimenta em sua conta na rede X.