Prefeitura promove série de ações para melhorar condições de trabalho dos ambulantes no Carnaval

A Prefeitura de Salvador apresentou uma série de inovações para melhorar as condições de trabalho dos ambulantes durante o Carnaval da capital baiana. As ações vão desde a nova estrutura exclusiva montada na Barra, que visam garantir seguranças e conforto aos profissionais, até o novo sistema de credenciamento e o centro de acolhimento para filhos dos trabalhadores que estão atuando nos circuitos da folia, que entram no terceiro dia de festas neste sábado (10). Presidente da Associação Integrada de Vendedores Ambulantes e Feirantes e Microempreendedores de Salvador e Região Metropolitana (Assidivan), Rosemário Lopes, disse que novas melhorias ainda poderão vir.

 

"Vamos buscar soluções como essas para melhorar cada dia mais a vida desses trabalhadores que saem antes de a programação começar e só voltam para casa Quarta-Feira de Cinzas, fazendo um trabalho com muita dignidade", comentou.

 

Mais de 4 mil ambulantes foram credenciados para o Carnaval deste ano. Antes da folia começar, a Prefeitura já havia feito novas ações relacionadas ao credenciamento, que foi realizado de forma online, acabando com as enormes filas e possibilitando um processo mais tranquilo. Além disso, o prefeito Bruno Reis (União) determinou a isenção da taxa de inscrição, cujo valor variava entre R$ 89,95 até R$ 391,85. Além disso, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) realizou ações para capacitar os profissionais, com palestras abordando temas como legislação de ordenamento do comércio informal, técnicas de vendas, noções de higiene, proibição do trabalho infantil e acolhimento para os filhos dos ambulantes. Além disso, a gestão municipal, em parceria com a Ambev, patrocinadora do Carnaval, entregou kits para os ambulantes credenciados.

 

Já com o início do Carnaval, a Prefeitura ainda trouxe uma estrutura exclusiva montada para os ambulantes na Barra. A passarela trouxe mais segurança, visto que, na região onde foi instalada, era comum ver cenas de isopores quebrados durante a passagem de trios, principalmente aqueles que arrastam mais pessoas, pois o local é estreito.

 

"Eu acredito que alguns ambulantes ficaram com receio por ser algo novo. No próximo ano, tenho certeza que a briga vai ser para trabalhar no local. Na verdade, o que nós da Assidivan queremos é que ideias como essas sejam expandidas para outros setores do Carnaval, para que os ambulantes fiquem protegidos. É isso que a gente quer. Na estrutura, os ambulantes têm todos os equipamentos protegidos, além de mais espaço para eles e também para os foliões. É a política do ganha-ganha", disse Lopes.