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Após prisão de assessor, deputado Binho Galinha se manifesta: "Desligado após início da operação"

Por Redação

Após prisão de assessor, deputado Binho Galinha se manifesta: "Desligado após início da operação"
Foto: Reprodução/ Instagram

Após o Bahia Notícias revelar o assessor do deputado estadual Binho Galinha (PRD) que foi preso na tarde desta quarta-feira (6), no âmbito da Operação El Patron da Polícia Federal (PF), a assessoria de imprensa do parlamentar emitiu uma nota. No comunicado, o deputado alega que Bruno Borges França não faz mais parte da estrutura de seu gabinete desde o final de dezembro, ainda que a Polícia Federal não tenha tratado o investigado como "ex-assessor".

 

Apesar disso, na matéria desta quarta (6), a reportagem do BN já havia indicado que no momento em que a operação foi iniciada, Bruno ainda era assessor de Binho Galinha. O suspeito foi nomeado ao cargo de secretário parlamentar (assessor) no gabinete de Binho Galinha no dia 1° de janeiro de 2023, como consta no Diário Oficial da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) do dia seguinte (2 de janeiro de 2023).

 

Antes de ser preso nesta quarta, Bruno Borges foi exonerado do cargo de assessor um ano depois de chegar ao gabinete, no dia 1º de janeiro de 2024, quase um mês após o início da Operação da PF. As informações da exoneração constam no Diário Oficial da AL-BA datado do dia 16 de janeiro deste ano. Enquanto assessor, Bruno Borges tinha um salário de R$ 3,5 mil, de acordo com o site da AL-BA.

 

Ainda em nota, o deputado afirma que "logo que foi deflagrada a operação, o mesmo foi desligado da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O deputado estadual Binho Galinha informa ainda que nunca deixou de ir ao seu local de trabalho, o Poder Legislativo da Bahia, tendo cumprido com suas obrigações dentro e fora da Casa", disse.

 

Por fim, acrescenta: "E mais: sempre estive à disposição da Justiça, na qual eu confio, e tenho certeza de que tudo será esclarecido".

 

A OPERAÇÃO

Binho Galinha é apontado como chefe de uma suposta milícia na região de Feira e é o principal alvo da El Patron. De acordo com a PF, o assessor dele mascarava a origem ilícita dos valores obtidos pela organização criminosa, que o deputado chefiava, por ter acesso a diversos dados já que possuia um cargo de confiança em seu gabinete. 

 

Iniciada em dezembro do ano passado, a Operação El Patron já havia cumprido 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

 

QUEM É BRUNO BORGES?

De acordo com a PF, Bruno Borges seria um dos operadores financeiros da organização criminosa e utilizava métodos para mascarar a origem das cifras obtidas pela milícia através do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. O assessor de Binho Galinha mantinha os valores, transferidos por outros indiciados, em sua conta bancária pessoal.

 

Antes de ser assessor de Binho, Bruno Borges, natural de Salvador, foi candidato a vereador por Feira de Santana, em 2020, pelo antigo PTB, sigla que se fundiu com o Patriota - até então partido de Binho Galinha - criando o PRD. Na época, Bruno obteve 2.450 votos (0,82% dos válidos), mas não conseguiu se eleger.