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Com 39 votos a favor, CCJ mantém preso mandante da morte de Marielle; decisão vai ao Plenário

Por Edu Mota, de Brasília

Reunião da CCJ
Foto: Edu Mota / Brasília

Com 39 votos a favor e 25 contra, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados decidiu, em reunião nesta quarta-feira (10), manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato, em 2018, da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. A decisão final sobre a situação do deputado caberá, agora, ao Plenário, em votação que deve acontecer ainda nesta quarta. 

 

O governo decidiu orientar os parlamentares da base aliada a votar pela manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão. A orientação foi repassada aos parlamentares pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), que é membro da Comissão de Constituição e Justiça. Ao final da votação, José Guimarães festejou o resultado e disse rapidamente, na saída da reunião, que o trabalho agora é garantir um quórum numeroso na sessão plenária.  

 

Há a preocupação de deputados governistas e de esquerda que haja um movimento para esvaziar a sessão, e assim protelar a decisão definitiva sobre o mandato do deputado Brazão. Nos bastidores, parlamentares defendem que o deputado seja liberado da prisão, mas sofra a cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara. 

 

Apesar da vitória da CCJ, o governo e os partidos de esquerda não têm certeza de como será a votação no Plenário. Há uma reação principalmente de deputados da oposição, que defendem ser necesário uma reação à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Esses deputados entendem que a Constituição não prevê prisão preventiva de um parlamentar, a não ser em situação de flagrante.

 

Chiquinho Brazão, acusado de ser mandante do assassinato de Marielle junto com seu irmão, Domingos Brazão, está preso desde 24 de março por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise da medida cautelar apresentada por Moraes começou no dia 26 na CCJ da Câmara, mas foi paralisada por um pedido de vista de três deputados do Novo, Progressistas e Republicanos.

 

Na sessão desta quarta, foi aprovado o parecer apresentado pelo deputado Darci de Matos (PSD-SC), favorável à manutenção da prisão de Chiquinho Brazão. No Plenário, será preciso ao menos 257 votos favoráveis para manter Brazão preso e referendar a decisão do ministro Alexandre de Moraes.