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Novo "exigiu" lei para facilitar abertura de empresas em Salvador como contrapartida de Bruno Reis

Por Thiago Teixeira

Novo "exigiu" lei para facilitar abertura de empresas em Salvador como contrapartida de Bruno Reis
Foto: Thiago Teixeira / Bahia Notícias

Sancionada a nível federal pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, a Lei de Liberdade Econômica (nº 13.874) deve ganhar uma “adaptação” na capital baiana, caso o prefeito Bruno Reis (União) seja reeleito. Salvador pode estabelecer regras visando aumentar as garantias de livre mercado, ampliação de competitividade e geração de emprego. A ideia é reduzir ou eliminar a necessidade de alvarás, com o objetivo de simplificar a abertura e operação de empresas.

 

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A proposta de lei também deve prever a instituição do conceito de baixo risco, que são atividades como padaria, confeitaria, comércio atacadista de diversos produtos agrícolas e alimentícios em geral. Porém a ideia só sairá do papel caso Bruno Reis seja reeleito e honre o compromisso firmado entre ele e o partido Novo, que retirou a candidatura própria na figura de Luciana Buck, na última sexta-feira (12), e decidiu apoiar o atual chefe do Executivo soteropolitano rumo à sua recondução ao Palácio Thomé de Souza.

 

No entanto, o “empurrãozinho liberal” não será de graça. Para isso, a sigla firmou um pacotão que reúne 30 tópicos divididos entre as áreas da segurança pública; fiscalização transparência e combate à corrupção; habitação e planejamento urbano; geração de emprego e competitividade (onde consta a Lei de Liberdade Econômica); mobilidade; infraestrutura e saneamento;  gestão pública; educação; e saúde.

 

A Lei de Liberdade Econômica figura no décimo item dessa série de compromissos. Ao Bahia Notícias, o prefeito explicou como deve ocorrer a implantação da medida a nível municipal. “Nós temos a Lei de Liberdade Econômica federal, que nós regulamentamos através do decreto aqui na cidade. Já está em vigor. O que há nesse compromisso é avançar ainda mais, aprimorar ainda mais. Então, consequência dessa lei de liberdade econômica na prática poderia citar a redução de atividades considerando-se de baixo risco que passaram a ter alvarás de funcionamento sem a necessidade de trânsito dos processos perante a Sedur [Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo]”, afirmou o chefe do executivo municipal.

 

Ainda de acordo com Bruno Reis, atualmente a capital baiana demora apenas quatro horas para abrir uma empresa. Além disso, Salvador já possui quase 800 atividades consideradas de baixo risco. “Quando cheguei à prefeitura, nós tínhamos apenas 130 atividades consideradas de baixo risco. Nós chegamos a 767. Estamos atrás apenas de Porto Alegre. Isso fez com que nossa cidade aumentasse a sua competitividade e que as empresas pudessem abrir o seu funcionamento num tempo muito mais célere. Quando eu cheguei a prefeitura, eram 15 dias para você abrir uma empresa na cidade de Salvador. Nós reduzimos para 4 horas. E não sou eu que estou dizendo, é o Sebrae. Então, medidas como essa, que é a visão do Novo, foram o que facilitaram a nossa composição. E eles têm mais sugestões para a gente ainda facilitar ainda mais uma série de outras medidas que possam estimular ainda mais a economia”, disse Bruno.
 

NOVOS AMIGOS?

O aceno do Novo a Bruno é inédito, mesmo considerando que o gestor tem tentado agradar os liberais em troca de uma forcinha nas urnas em outubro. A sigla sempre marcou seu território nas eleições municipais e sequer costuma apoiar candidatos no segundo turno - o próprio Bruno Reis não teve apoio do Novo no pleito de 2020. Falando em apoio, o presidente do partido na Bahia, André Quadros, foi categórico ao dizer, na última sexta, que o apoio do Novo é a Bruno Reis, não ao União Brasil.

 

"No meu entender é uma quebra de paradigma, principalmente com o nosso eleitorado, que é um eleitorado que não se identifica muito com algumas coisas da União Brasil, mas eu sempre falo que a gente está pretendendo aqui, apoiar o prefeito Bruno Reis no município de Salvador, uma coisa bem específica para Salvador", afirmou o presidente.

 

Com o acordo selado na última sexta, o Novo se junta agora aos demais partidos que já declaram apoio a Bruno Reis, que são: PSDB, Cidadania, PP, Republicanos, PDT, DC, PRD, PMN, PMB e PRTB. Existe a expectativa do PL se juntar ao grupo em breve após reunião entre Bruno e o presidente da sigla na Bahia, João Roma.