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Desfecho do "cabo de guerra" entre PDT e grupo de ACM Neto pode obrigar Leo Prates a deixar legenda; entenda

Por Mauricio Leiro

Desfecho do "cabo de guerra" entre PDT e grupo de ACM Neto pode obrigar Leo Prates a deixar legenda; entenda
Foto: Vaner Casaes/AL-BA

O cabo de guerra esticado pelo PDT da Bahia e o grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União) durante a janela partidária pode deixar cicatrizes e feridas abertas. As movimentações para as eleições de 2026 podem culminar na saída do deputado federal Leo Prates dos quadros da legenda. 

 

O Bahia Notícias apurou com aliados próximos a Leo Prates que, em caso de rompimento definitivo entre o PDT e o grupo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), Leo não pensaria duas vezes e permaneceria com Neto. Com a movimentação, a saída do partido seria a única alternativa, apesar da boa relação que Prates teria construído com diversos nomes da legenda. 

 

Sem querer aprofundar no debate, Leo indicou que "não trabalha com hipótese". "Eu só tive um grupo político na minha vida, que foi o grupo político de ACM Neto e de Bruno Reis. Eu acho que o PDT é uma casa que me acolheu, me deu destaque nacional. O que eu posso lhe dizer é que vou trabalhar para que estejam unidos, inclusive, no projeto ao Senado de Félix Mendonça, que é um projeto que o presidente [Carlos] Lupi lançou que me parece bastante interessante. Eu vou acreditar sempre na minha capacidade de articulação, na capacidade de articulação de ACM Neto e de Bruno Reis para que essa aliança seja mantida”, pontuou durante evento do PDT. 

 

A gravidade das diferenças entre o PDT e o grupo de Neto devem ser abertas antes de 2026, quando um novo diálogo para detalhar a parceria entre as legendas ocorrerá. O presidente nacional do PDT e ministro da Previdência, Carlos Lupi, indicou que a sigla possui planos ambiciosos para os deputados federais Léo Prates e Félix Mendonça Jr. O ministro de Lula afirmou que Léo Prates é um nome natural para assumir a cadeira no Palácio Thomé de Souza em 2028 e Félix Jr., que, a depender de Lupi, será o nome do PDT para o Senado em 2026. 

 

Filiado ao partido desde o início de 2020, na época Leo Prates era deputado estadual licenciado, atuando na Secretaria de Saúde de Salvador, durante a pandemia da Covid-19. Existia a possibilidade de Prates ser o nome do grupo para a disputa pela prefeitura de Salvador, não se concretizando, já que o nome escolhido foi o do atual prefeito Bruno Reis (União). Antes do PDT, Leo passou 14 anos com filiação ao Democratas, legenda que deu origem ao União Brasil. 

 

Com uma saída conturbada, Leo Prates apontou para uma "perseguição" interna no Democratas, onde Prates estaria sendo perseguido por membros da Executiva da legenda na Bahia. Em ofício ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), o parlamentar pediu exoneração por "justa causa". O documento aponta como autores de ataques contra ele o presidente estadual do DEM, deputado federal Paulo Azi, o então correligionário vereador Alexandre Aleluia e o então presidente municipal do partido, Heraldo Rocha.

 

PASSO A PASSO DA CRISE

O entrave entre o grupo teve seu ápice com a saída da vereadora de Lauro de Freitas, Débora Régis do PDT. Com a possibildiade virando realidade, o presidente do PDT baiano, deputado federal Félix Mendonça Júnior, chegou a afirmar que a vereadora de Lauro de Freitas Débora Régis (PDT), pode perder a chance de ser eleita prefeita em outubro deste ano se deixar o partido.

 

Com um "cinturão" de candidaturas do União Brasil na Região Metropolitana, o partido de ACM Neto acabou avançando para conseguir lançar candidaturas vinculadas a legenda. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, o deputado federal Paulo Azi afirmou que o Cinturão 44 na Região Metropolitana não foi planejado, mas vai se consolidar nas eleições. Na oportunidade, Azi afirmou que essas alianças são fruto das administrações que o União Brasil tem feito, sobretudo em Salvador. “Isso reflete nos municípios, especialmente os da RMS. O grande trabalho que o prefeito Bruno Reis, que já ocorreu no passado com ACM Neto, influência nos municípios”, disse o deputado federal.