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Novo PAC: Governo Lula inclui trecho de metrô até Campo Grande e retira projeto de nova estrada do Derba

Por Thiago Teixeira

Novo PAC: Governo Lula inclui trecho de metrô até Campo Grande e retira projeto de nova estrada do Derba
Foto: Divulgação / CCR

O Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) aprovou, nesta terça-feira (21), algumas mudanças na execução de obras em todo país que vão receber verbas do governo federal. Na Bahia, chamaram a atenção a aprovação da extensão do Metrô Lapa-Campo Grande, em Salvador - anteriormente reprovada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -, e a retirada da duplicação da Estrada do Derba (BA-528), em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

 

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Com as alterações, as verbas empenhadas pelo governo Lula para execução de obras do PAC em Salvador vão mais que dobrar, saltando de cerca de R$ 1,1 bilhão, para, ao menos, R$ 2,6 bilhões. As informações foram publicadas do Diário Oficial da União (DOU) desta terça. 

 

Somente as obras do Tramo 4 do Metrô até o Campo Grande vão custar R$ 1,5 bilhão custeadas pelo governo Lula. Já a duplicação na Estrada do Derba, que será custeada pelo Governo Jerônimo Rodrigues (PT), já teve planejamento realizado pela gestão estadual. 

 

A decisão de rever as obras a serem incluídas ou excluídas do Novo PAC é do comitê formado pelos Ministérios da Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Orçamento, além da pasta de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

 

O projeto de levar o metrô até o Campo Grande surgiu ainda durante a gestão do ex-governador Rui Costa (PT), atualmente ministro da Casa Civil - justamente a pasta responsável por gerir o Novo PAC. Rui também pretendia levar o metrô até a Barra. Inclusive, o governo da Bahia, já sob a gestão de Jerônimo, abraçou a ideia e a incluiu no Novo PAC. No entanto, o governo Lula barrou a iniciativa que previa um investimento de mais de R$ 4 bilhões.

 

ALTERAÇÕES

Outro projeto que o governo voltou atrás e aprovou foi a renovação total da frota do sistema de transporte metropolitano, que contará com a aquisição de novos ônibus elétricos onde serão investidos cerca de R$ 330 milhões.

 

Além disso quatro projetos voltados à regularização fundiária na capital baiana foram incluídos no Novo PAC. A previsão é que, juntas, as intervenções somem mais de R$ 20 milhões empenhados pelo governo federal. Outros quatro projetos voltados para urbanização e reestruturação de favelas da capital baiana foram aprovados.

 

Anteriormente, dois destes projetos haviam recebido o crivo do governo federal que iria investir mais de R$ 800 milhões em obras de infraestrutura nos bairros de Jardim Cajazeiras, Pau da Lima, Sussuarana Velha e São Marcos/Nova Sussuarana, além da região da Cidade Baixa. No entanto, apesar da aprovação de mais dois projetos, o Bahia Notícias não teve acesso aos valores que serão empenhados, nem em quais regiões eles serão desenvolvidos.

 

O BN já havia trazido que três projetos voltados à construção de mais de 100 contenções de encostas em Salvador, com investimento de mais de R$ 250 milhões, haviam sido aprovados pelo Novo PAC. Estes seguem mantidos, de acordo com a publicação do DOU.

 

TELEFÉRICO EM SALVADOR

Com as novas mudanças, dos 42 projetos inscritos em Salvador pela prefeitura e pelo governo da Bahia para o Novo PAC, ao todo, 23 não avançaram. No entanto, muitos chamaram atenção. Um deles foi o projeto de autoria do prefeito Bruno Reis (União), que prevê a construção de um Teleférico do Subúrbio, “à la Rio de Janeiro”, partindo de Campinas de Pirajá até Praia Grande. A prefeitura havia pedido para que o projeto, que deve custar aproximadamente R$ 3,8 bilhões, fosse incluído no Novo PAC. Porém o governo Lula negou. 

 

A elaboração de um projeto estrutural das fundações das 27 torres da chamada "Linha 1 de sustentação dos cabos" e superestrutura de quatro estações do teleférico já foi iniciada. O contrato, firmado entre a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e a empresa MD Engenheiros Associados S/S, foi fechado através de inexibilidade de licitação e possui valor de R$ 550 mil.

 

A proposta foi entregue também ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a previsão de construir as quatros estações dentro da primeira etapa do novo modal. Segundo estimativa apresentada no estudo, pelo menos 23 mil pessoas devem ser transportadas diariamente pelo teleférico, com U$ 2,7 milhões em benefícios econômicos anuais de tempo para os usuários.