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Impulsionada principalmente pela alta dos alimentos, inflação oficial brasileira acelera para 0,46% em maio

Por Edu Mota, de Brasília

Alta dos alimentos
Foto: Acervo IBGE

A inflação oficial brasileira medida pelo IPCA acelerou em relação a abril, e fechou o mês de maio em 0,46%. O resultado, divulgado na manhã desta terça-feira (11) pelo IBGE, ficou bem acima do que havia sido verificado no mês passado (0,38%), e também mais alto do que a expectativa dos analistas de mercado, que apostavam em um aumento de 0,41%. 

 

Segundo o IBGE, o resultado do IPCA de maio foi pressionado pelos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,62% na comparação com abril, influenciados, sobretudo, pela alta dos tubérculos, raízes e legumes (6,33%). A atual pesquisa de preços foi a primeira a capturar os efeitos das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul.

 

Apesar da alta, o IPCA de maio ainda ficou bem abaixo do pior momento do indicador neste ano, que foi em fevereiro, quando a inflação foi de 0,83%. No ano, a inflação acumulada é de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%.

 

Uma maior alta da inflação no país neste ano de 2024 está no radar das instituições financeiras do mercado. O Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda (10) com as estimativas de mais de 100 analistas do mercado trouxe a quinta revisão seguida para cima das estimativas sobre a inflação. Segundo o mercado, o IPCA deve terminar este ano em 3,90%, ante 3,88% na semana passada e 3,76% há quatro semanas.

 

Diante da tragédia ambiental que atingiu o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, a cidade de Porto Alegre foi a área de abrangência investigada pela pesquisa do IBGE com a maior variação do IPCA em maio: 0,87%. Dos 16 locais pesquisados, apenas Goiânia (-0,06%) teve deflação. A cidade de Salvador registrou a quinta maior alta de preços entre todas as capitais pesquisadas: 0,58%. 

 

O resultado do IPCA de maio na capital baiana foi menor do que o verificado no mês de abril (0,63%). No ano, a inflação na cidade de Salvador está em 2,49%, e no acumulado dos últimos 12 meses, em 3,73%, abaixo da média nacional, que ficou em 3,93%. 

 

A composição do resultado de maio foi influenciada por aumentos de preços em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. A maior variação veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,69%. Já os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,62%) e Habitação (0,67%). 

 

Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (1,04%), com destaque para as altas do perfume (2,59%) e do produto para pele (2,26%).

 

Em Alimentação e bebidas (0,62%), a alimentação no domicílio desacelerou de 0,81% em abril para 0,66% em maio. Foram observadas altas nos preços da batata inglesa (20,61%), cebola (7,94%), leite longa vida (5,36%) e café moído (3,42%).

 

A alimentação fora do domicílio (0,50%) registrou variação acima do mês anterior (0,39%). Enquanto o lanche acelerou de 0,44% para 0,78%, o subitem refeição (0,36%) teve variação próxima à observada no mês de abril (0,34%).

 

No grupo Habitação (0,67%), a alta da energia elétrica residencial (0,94%) foi influenciada principalmente pelos reajustes tarifários aplicados em Salvador, que teve reajuste de 1,63% a partir de 22 de abril.