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Ricardo Alban reclama de taxa de juros no Brasil e pede para Selic ser compatível com resto do mundo

Por Edu Mota, de Brasília / Carine Andrade

Foto de Ricardo Alban, da Conferação Nacional da Indústria
Foto: Edu Mota/Bahia Notícias

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, falou sobre a possibilidade da manutenção da taxa Selic, que hoje é de 10,5% ao ano, ser mantida ou cair 0,25 ponto percentual, a depender da decisão dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira (19).  Há pressão, principalmente do governo, para que o Banco Central abaixe a taxa de juros.  

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, Ricardo Alban explicou que na última vez houve uma redução de 0,5% para 0,25% e, na sua avaliação, “as condições macroeconômicas do país, no modo geral, permitiriam mais 0,25%”. Ele também citou que a politização desta pauta ocorreu por conta da onda de conservadorismo que tomou conta do País nos últimos 18 meses. 

 

“O conservadorismo que ocorreu nos últimos 18 meses, alguma coisa parecida, fez com que essa taxa, hoje, não estivesse em 10,5%, ela representa alguma coisa como 4 pontos percentuais acima de uma taxa neutra, e o que acontece que, na minha visão, hoje, do cenário econômico, o setor financeiro e o fiscal, é muito mais a percepção que pode ser dada para o mercado de uma redução de taxa num momento pontual, que eu acho que as tendências ainda são favoráveis para continuarmos esse ritmo”, afirmou. 

 

Na visão de Alban, “é quase que inóculo estarmos falando em 10,5%, 8,5%, haja visto que essa é uma taxa elevada. Quanto custou isso para o país? Não só em termos de dívida pública, como também na inibição de novos investimentos, o custo financeiro no Brasil, em cadeias longas como a indústria, ele pode vir a representar cerca de 30% do preço final de um produto. É realmente muito importante, não só pelo poder aquisitivo, não só pela competitividade das nossas indústrias, do nosso setor econômico, que tenhamos juros mais compatíveis com a realidade do resto do mundo”, frisou.