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Prefeitura de Salvador abre processo para tombamento de obras de Juarez Paraíso

Por Gabriel Lopes / Anderson Ramos

Juarez Paraíso pode ter obras tombadas pela prefeitura
Foto: Paula Fróes / Correio

Um dos grandes artistas plásticos baianos, com obras espalhadas em diversas áreas de Salvador pode ter seu trabalho ainda mais reconhecido. A Prefeitura de Salvador, através da Fundação de Gregório de Matos (FGM), abriu os estudos para o processo de tombamento das obras de Juarez Paraíso. 

 

Desde o dia 10 de julho, no regime de tombamento provisório até a conclusão dos estudos necessários e a emissão de parecer pelo Conselho Consultivo do Patrimônio, a FGM informou que se tratam de obras que representam as diferentes fases e técnicas utilizadas pelo artista. Esses trabalhos estão instalados em prédios públicos e privados, além de obras ao ar livre, espalhadas em diferentes bairros de Salvador.

 

A obra denominada “Gestação”, é uma das mais conhecidas do artista. Ela foi feita em fibra de vidro, e pode ser vista na entrada do Parque de Exposições Agropecuária, em Salvador. “Invertebrado”, outra obra conhecida, foi feita de massa de cimento e barro e vidrotil, e fica no Parque de Pituaçu.

 

“Gestação”, é uma das mais conhecidas do artista. Foto: Arquivo pessoal


Nascido em Arapiranga, município de Minas de Rio de Contas, Juarez Paraíso iniciou sua carreira artística na década de 1950. Sua arte foi marcada por grande importância tanto na criação de obras murais em espaços públicos e privados, assim como experimentações em diversas técnicas e no desenvolvimento de pesquisas artísticas.

 

Conforme consta no site da Faculdade de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba), ele se destacou como membro da segunda geração modernista da Bahia, tendo realizado sua primeira exposição individual em 1960, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia. Participou de inúmeras exposições e teve destacada atuação no ensino superior na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Nos anos 1960 foi autor de relevante produção de arte abstrata em desenho e gravura e em obras murais figurativas e abstratas e continua em atividade nos dias de hoje.

 

PEDIDO ATENDIDO

A abertura do processo de tombamento atende a um pedido de intelectuais, amigos e admiradores que realizaram uma campanha neste intuito. Para tanto, desde abril do ano passado o grupo está recolhendo assinaturas no site www.change.org/p/tombar-as-obras-do-artista-plástico-juarez-paraiso. 

 

O coletivo conta com pessoas como o restaurador José Dirson Argolo, que faz parte do Grupo de Trabalho pelo tombamento, junto com a artista Márcia Magno, ex-diretora da Escola de Belas Artes e esposa de Juarez; os restauradores Waldemar Silvestre e Angelica Borges; a gestora cultural Angela Andrade; e o publicitário João Silva, também responsável pela comunicação e criação da marca do projeto.