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Debate na Band: Segundo bloco é dominado por política e debate sobre moradia digna

Por Anderson Ramos

Debate na Band: Segundo bloco é dominado por política e debate sobre moradia digna
Foto: Reprodução / Youtube Band Bahia

O segundo bloco do debate entre os candidatos à prefeitura de Salvador na Band Bahia começou com perguntas de jornalistas da casa. O primeiro assunto abordado foi sobre moradias que estão localizadas em lugares inapropriados. 

 

O primeiro questionamento foi feito a Kleber Rosa (PSOL) que lembrou dos problemas de ocupação em encostas na capital baiana. “Salvador tem um histórico de problemas com a chuva, de desabamentos, infelizmente com tragédias já registradas na nossa história. Na nossa triste história de falta de cuidado com o nosso povo. Isso não é diferente da gestão atual. A gente vê um alerta permanente a cada chuva, a cada ano, a cada chuva forte em Salvador. E o prefeito costuma dizer em sua defesa que não morre ninguém, então tá tudo bem. Quando na verdade nós temos pelo menos 14 regiões que tem a sirene de alerta onde as pessoas devem sair correndo. Simplesmente sair correndo como se tivesse lugar pra ir. Evidentemente há uma ausência de política séria de priorização da moradia digna em Salvador”, destacou Kleber. 


Na sequência, Geraldo Jr. (MDB) emendou críticas à gestão de Bruno Reis (União). “Na periferia da cidade, o que demonstra a atual gestão é que ela cuida de parte da cidade e esquece uma periferia onde moram a maioria das pessoas. Parece que o prefeito da sua eleição, eles estão de frente para a baía de Todos os Santos, da orla Atlântica, e de costas para a cidade. Existem 400 mil pessoas, ou um pouco mais disso, que moram em condição indigna e em condição insalubre. Nós temos um maior problema de encostas nos estados da federação e das capitais. As pessoas ficam apavoradas quando começa a dar mais chuva na cidade do Salvador”, reforçou o emedebista. 


Por sua vez, Bruno Reis, defendeu os feitos do seu governo e provocou Geraldo Jr.. “São quatro anos que as pessoas não morrem por conta das chuvas. É verdade que tem um sistema de alerta e alarme, mas projetos são elaborados, obras construídas e tirando os projetos do papel. Gente, quando pegamos a prefeitura dessa turma, Salvador era pior colocada em todas as áreas. Todas. Pior ideia do Brasil, pior gestão fiscal, pela cobertura e educação infantil. Os números que esse rapaz traz aqui, todos não respondem a verdade”, rebateu o prefeito.


POLÍTICA

A política dominou o restante do bloco. Bruno Reis foi questionado sobre como ficaria a relação dele com o governo do estado, que é comandado pelo PT, em um eventual segundo mandato. 

 

“Já trabalhei com dois presidentes e dois  governadores diferentes, mas não fico dizendo que é culpa deles, não é comigo não. Pelo contrário, vocês se acostumaram nos últimos anos a ver o prefeito nas ruas trabalhando, matando a bola no peito, chamando a responsabilidade, salvando hoje o caminhão com as próprias pernas, tem sua autonomia, sua independência, não depende do governo A ou do governo B para resolver seus problemas. Procurei o ex-presidente, procurei o atual presidente, procurei o ex-governador, o atual governo do Estado, levando propostas, ideias, projetos, iniciativas, pedindo apoio. Sou um homem do diálogo, democrata por essência, terei a melhor relação de tornar o possível, mas o povo em Salvador não aceita ser subserviente a quem quer que seja. Essa história de, pra ser um bom prefeito, tem que ser do partido, do mesmo partido que não existe. O que, efetivamente, para ser perfeito, se não ter equipe competente, precisa ter capacidade, conhecer profundamente a cidade, os seus problemas”, argumentou o prefeito. 

    
Bruno Reis e Geraldo Jr. também, promoveram um embate entre a gestão municipal e estadual durante o debate. O atual chefe do executivo da capital baiana cutucou o emedebista por conta da mudança de posicionamento político ao longo de sua carreira.

 

“Me impressiono com a capacidade que o candidato tem para mudar de lado. Ele dizia que era amigo pessoal dos filhos de Bolsonaro, dizia que se comunicava com ACM Neto pelo olhar. Coitado do ex-prefeito João Henrique que era um pai para ele e quando saiu da prefeitura Geraldo nunca mais atendeu uma ligação. E agora o líder dele é Jerônimo, espera aí candidato. Aí quando perguntado ele diz: ‘Até as pedras mudam de lugar’. Mas isso aí não é uma pedra, é uma avalanche que aconteceu com suas mudanças políticas”, afirmou Bruno Reis.

 

Kleber Rosa também atacou o passado político do vice-governador. Ele lembrou que o MDB foi um dos articuladores do impeachment de Dilma Roussef e que Geraldo Jr. já declarou voto em Jair Bolsonaro.

 

"Em 2016, enquanto seu partido estava dando um golpe na presidente [Dilma Rousseff], eu estava na rua lutando contra o golpe. Em 2018, Lula estava preso, o senhor votando em Bolsonaro.  Eu e meu partido estávamos no segundo turno lutando para eleger Fernando Haddad para impedir essa tragédia que se abateu no nosso país. Quem votou em Bolsonaro, e aqui temos dois candidatos [Bruno Reis e Geraldo Júnior] que sustentaram esse modelo fascista, nocivo para a nossa população, tem que assumir a responsabilidade do que fez. Eu tenho um lado, e o meu lado é no campo popular e no campo da esquerda. É aí que eu me coloco", afirmou o psolista.