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Em analogia, Jerônimo indica que não irá facilitar eventual retorno de Rui Costa para disputa do governo baiano

Por Mauricio Leiro

Rui Costa, Jerônimo Rodrigues e Jaques Wagner
Foto: Reprodução / PT Bahia

O recado foi claro. A fala do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), durante participação no Projeto Prisma, indicou que está acompanhando as movimentações nos bastidores para 2026, incluindo uma eventual troca no nome do grupo para concorrer ao governo do estado. O movimento foi alvo de Jerônimo. 

 

"Tive um conjunto de dificuldades com alguns prefeitos, que indicaram seu sucessor e agora querem voltar. Se o sucessor não estiver bem, se pensa na unidade para criar uma sucessão para adequar o conceito que nós temos. Mas se a prefeita está indo bem, por que tirou? Por que quero voltar? Então botei alguém ali para poder voltar, para guardar a vaga? É reserva de vaga? Não é", apontou Jerônimo ao fazer uma analogia com a disputa municipal. 

 

A análise foi encarada por aliados do governador como o próprio irá lidar com o processo de reeleição em 2026. Ao citar os casos relacionados com os prefeitos e prefeitas, Jerônimo fez menção indireta a um suposto movimento para o retorno do ministro da Casa Civil Rui Costa, na próxima eleição. A fala teve ligação direta em "inibir" a articulação que já estaria ocorrendo, reforçando o peso da confirmação do senador Jaques Wagner (PT)

 

 

Em maio, Wagner fez questão de indicar as candidaturas. "[...] a questão de Jerônimo que seguramente será candidato à reeleição, [e] a minha candidatura em 26 que está posta", disse. A aspa também serviu para "guardar espaço" na chapa e enfraquecer o real desejo de Rui. "Quando Wagner jogou que tinha duas vagas confirmadas, ele já ouviu que Rui teria vontade de ser governador novamente. Ele queria a presidência, mas não teria como por conta de [Fernando] Haddad", indicou um interlocutor da gestão federal ao BN. 

 

O ápice de "adequação" do discurso de Wagner e Jerônimo ocorreu na última segunda-feira (12), onde o atual governador tratou sobre a relação direta dos três. “Quando o Rui foi indicado pelo grupo e Wagner abençoou, o Rui naturalmente ficou dois mandatos. Estou trabalhando nesse sentido, o direito existe, dois mandatos. Se o grupo entender ‘não tá bem’, eu vou ser o primeiro a dizer: ‘Olhe, não tô bem, toca aqui a vida’. Não vou ficar prejudicando o nosso time. Então, teoricamente, e como não é hora ainda, posso dizer que o estabelecido na política é fazer a disputa para mais um mandato", disse. 

 

"Vai chegar a hora que vamos decidir isso, mas, por enquanto, estou muito com o olho no dia 6 de outubro”, completou Jerônimo.

 

Com duas vagas ao Senado e, com a confirmação de uma delas sendo de Wagner, a outra cadeira ficaria para uma disputa entre o PSD, com o atual senador Angelo Coronel e, eventualmente, o ex-governador Rui Costa (PT). Em entrevista ao BN durante o cortejo do 2 de Julho, Rui revelou que vai discutir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir qual será o melhor cenário e o melhor nome para concorrer ao cargo. A declaração dele chega depois de ter o seu nome como um dos cotados para concorrer ao Senado. 

 

GOVERNADORES NA CHAPA
Mesmo com o acotovelamento do governador e ex-governadores na chapa, a oposição não parece mudar a rota do embate. Concorrente ao governo do estado em 2022, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) ainda não definiu se irá concorrer novamente em 2026. 

 

Apesar disso, mesmo com algumas possibilidades aventadas para a chapa governista, apurações realizadas pelo Bahia Notícias com lideranças e interlocutores do entorno de ACM Neto apontaram que mesmo com o "trio de governadores" na chapa, não traria impacto na decisão de Neto. Mesmo com a "trinca" estando nas urnas, o fato não estaria no cálculo político do ex-prefeito da capital.