MPF deve vistoriar carga radioativa

A Comissão Pastoral do Meio Ambiente entrou com pedido de abertura de ação civil pública no Ministério Público Federal para exigir a vistoria da carga de nove contêineres enviados para a unidade da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Caetité. A empresa sustenta que as carretas transportam 90 toneladas de concentrado de urânio, mesmo produzido na mina do município, enquanto ambientalistas dizem que a carga contém lixo radioativo. Os caminhões foram impedidos de seguir viagem por cerca de 3,5 mil moradores, que bloquearam a via que dá acesso à cidade, no domingo (15). Na madrugada desta segunda-feira (16), a carga foi encaminhada para a sede do 17º Batalhão de Polícia Militar, em  Guanambi. A direção da empresa, que é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, confirma que elabora uma metodologia de diálogo com a comunidade. “Todos aqui estão com medo. A empresa deveria ser mais aberta, principalmente agora em que o mundo ainda lembra a tragédia atômica no Japão”, salienta a estudante Jamile Cardoso Dias, uma dos que participam do protesto. Informações do A Tarde.