Ufba: 'Maioria dos professores está nas salas de aula', diz diretora da Apub
Por Patrícia Conceição
Apesar da declaração de greve nesta terça-feira (29), a paralisação dos professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) só será decidida na próxima semana, quando os docentes filiados à Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub) irão às urnas para dizer se acatam ou não o indicativo. O resultado do plebiscito, marcado para os dias 5 (terça) e 6 (quarta), deve ser conhecido ainda na noite de quarta, segundo a presidente do sindicato, Silvia Lúcia Ferreira. “O estatuto prevê que, no caso de paralisações acima de dois dias, é preciso haver um referendo. [...] A grande maioria da universidade está esperando o referendo e a maioria dos professores está nas salas de aula, desenvolvendo suas atividades de ensino, pesquisa e extensão”, explica. Na assembleia, 119 dos 185 docentes presentes votaram a favor da greve, 49 contra e quatro preferiram se abster. A categoria reivindica a reestruturação da carreira docente e a equiparação do teto e do piso salarial com a área de Ciência e Tecnologia. O prazo para negociação da pauta chega ao fim nesta quinta (31) e, segundo a presidente da Apub, se o governo federal sinalizar de forma positiva a “operação greve” pode ser abortada. “Estamos em uma mesa de negociação que está aberta até amanhã. Se o governo der uma resposta às nossas reivindicações não há porque entrar em greve”, concluiu. As discussões na Ufba fazem parte de um movimento nacional que já conta com a adesão de 45 instituições de ensino superior.