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Hospital Espanhol vota novo estatuto para captar empréstimo da Caixa e Desenbahia, diz Solla

Por Evilásio Júnior

Hospital Espanhol vota novo estatuto para captar empréstimo da Caixa e Desenbahia, diz Solla
Em crise, hospital ameaça fechar as portas | Foto: Ruan Melo/G1
A direção do Hospital Espanhol vota, nesta terça-feira (13), a adoção de um novo estatuto que poderá permitir a efetivação de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal e a Agência de Fomento do Estado (Desenbahia) para tentar salvar a unidade da falência.  Uma assembleia-geral do conselho deliberativo foi convocada para as 18h30 em que será apreciada a proposta de um plano de recuperação  que amplia a participação do governo do Estado, por meio das secretarias de Administração Saúde (Sesab), (Saeb) e Planserv, plano de assistência médica mantido pelos servidores estaduais, na instituição. De acordo com o titular da Sesab, Jorge Solla, a medida pretende fortalecer institucionalmente a Real Sociedade Espanhola, mantenedora do hospital, e já teve, em reuniões na semana passada, boa aceitação tanto dos sócios quanto do corpo clínico. "É a maior operação de salvamento de uma instituição dessa natureza. A nossa expectativa é a de aprovar, até porque a entidade não tem patrimônio livre para dar garantias. Você sabe que banco não empresta sem garantias. Principalmente sendo banco público tem que ter patrimônio ou projeto que se mostre viável e que permita aos técnicos identificar a capacidade de captar recursos pela venda de serviços a médio e longo prazos para honrar os compromissos", pontuou o secretário, em entrevista ao Bahia Notícias.

Foto: Tiago Melo/BN

De acordo com Solla, caso não haja a intervenção, o Espanhol completará em duas semanas o terceiro mês sem quitar a folha de pagamento de funcionários, fornecedores e honorários médicos. "Tirando os recebíveis do SUS [Sistema Único de Saúde], todos os demais [compromissos] já estão presos a empréstimos bancários que foram feitos, com curta duração e juros mais elevados. Em linhas gerais, toda a operação visa renegociar as dívidas, fazendo empréstimos de maior prazo, menores juros e redistribuindo as garantias desses novos empréstimos", detalhou, ao citar que, após a correção das pendências, a meta é ampliar a oferta de serviços da unidade. Além da ampliação da participação do Estado e do Planserv, bem como os financiamentos da Caixa e Desenbahia, outras operadoras de planos de saúde privadas têm sido contatadas para apoiar o projeto. Em relação à gestão do Espanhol, segundo Solla, a Fundação José Silveira já se dispôs a fazer um termo de cooperação técnica, cujas tratativas devem ser finalizadas até o fim desta semana. A ampliação do suporte da Saeb, Planserv e Sesab em centros particulares já evitou crises mais graves em organizações como os hospitais da Bahia, da Cidade, Salvador, Evangélico, Martagão Gesteira e Agenor Paiva. Fruto das parcerias, atualmente, há mais de 300 leitos hospitalares privados contratos pelo Estado para atendimento à população pelo SUS.