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Justiça suspende mudanças no desfile do carnaval de 2014

Por Bárbara Affonso

Justiça suspende mudanças no desfile do carnaval de 2014
Foto: Reprodução
A Justiça da Bahia determinou, por meio de liminar, na última quinta-feira (5), a anulação das decisões tomadas em reunião do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), no último dia 23, com o fim de alterar o Regulamento Oficial para o Desfile das Entidades Carnavalescas no carnaval de 2014. A ação foi proposta pela União dos Blocos Travestidos de Salvador e pelas associações dos Blocos Afros da Bahia, dos Blocos de Salvador, de Trios Independentes da Bahia e de Afoxés da Bahia, que já teriam iniciado os preparativos para o desfile do ano que vem. O grupo alega que as mudanças teriam sido impostas, sem debate ou votação, enquanto o regulamento original, elaborado em dezembro de 1993, foi aprovado por meio de assembleia-geral e com a anuência de todas as entidades carnavalescas após seis meses de reuniões e debates. As entidades afirmam ainda que o Conselho deve atuar apenas como segunda instância e não tem competência para alterar o documento. De acordo com a decisão do juiz Benedito da Conceição dos Anjos, da 7ª Vara da Fazenda Pública, o regulamento "não poderia ser alterado de forma unilateral como procedeu o Conselho Municipal do Carnaval" e "as entidades carnavalescas deveriam estar previamente cientes quanto à reunião para deliberar quanto à reunião para deliberar acerca da mudança, bem como participando do ato".

De acordo com o representante da Associação dos Blocos de Salvador (ABS) no ConCar, Albry Anunciação, o regulamento define a ordem de todas as entidades no desfile e, por isso, deve ser modificado por quem vai desfilar. "O conselho é o mediador das correções necessárias. Ele não pode regular pelas entidades", opinou em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com o carnavalesco, uma das alterações propostas no documento é a condição de bloco de carnaval apenas para as entidades que oferecerem trio, carro de apoio, segurança e cordeiro. "Senão, vai perder o lugar na fila e não vai mais fazer parte do desfile", explica. "Essa é uma visão mercantilista do carnaval. Os blocos de samba, os travestidos, os novos blocos da barra, que desfilam na quarta-feira, e a própria Associação de Blocos Alternativos, que entrou agora no Conselho, não foram ouvidos", denunciou. Não sou contra a atualização do regulamento, mas tem que ser da forma legal, em assembleia. Todo mundo tem que ler, entender e participar", exigiu. Caso a medida não seja adotada em dois dias, o Município terá de pagar multa diária de R$ 1 mil.