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‘Efeito Schin’: Exclusividade de cerveja desagrada ambulantes e clientes na festa de Iemanjá

Por Francis Juliano

‘Efeito Schin’: Exclusividade de cerveja desagrada ambulantes e clientes na festa de Iemanjá
Fotos: Betto Jr./ Ag. Haack / Bahia Notícias
A venda exclusiva de uma única marca de cerveja tem desagradado consumidores e ambulantes durante a festa de Iemanjá neste domingo (2). Como ocorreu no último Réveillon, só os produtos da Nova Schin puderam ser comercializados durante o evento, que tem postos de revista em várias entradas do Rio Vermelho. “Isso é um absurdo. Eles querem impor uma coisa que tanto prejudica a gente quanto desagrada quem compra”, avaliou uma vendedora cadastrada, que vendia nas mediações da Casa do Pescador, minutos depois de ser abordada por fiscais da cervejaria. Antes da entrevista ao BN, a vendedora afirma que foi ameaçada por inspetores vestidos de colete cor de laranja, que diziam que ela deveria retirar os produtos de outras marcas disponíveis para venda, se não iriam recolher. Segundo o professor universitário Ricardo Pedrosa, a determinação da prefeitura de buscar aporte financeiro em outras fontes é valida, porém a opção de uma marca vai de encontro a questões judiciais. “Isso fere a lei de licitação e contratos, porque não se pode lotear o espaço público, privilegiando uma empresa”, opinou.
 

Um grupo de moradores de Brotas, que se vingava do “efeito Schin”, virava latas de outras marca. “Se o patrocínio da Nova Schin foi grande, seria maior se abrisse para outras patrocinarem também”, sugeriu a atendente de telefonia Manuela Silva, de 27 anos. Com a mesma opinião, a publicitária Graciela Oliveira, de 32 anos, diz que a liberdade de escolha é o principal em qualquer festa pública. Durante a festa, o BN conversou com ambulantes que afirmavam arriscar a venda de outras marcas proibidas (mesmo com a possibilidade de recolhimento) porque o tipo de cerveja autorizada causava muita recusa entre os fregueses.