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Coluna

Desafio Ambiental: Agroexportadora high-tech aposta em sustentabilidade no cerrado baiano

Por Lenilde Pacheco

Desafio Ambiental: Agroexportadora high-tech aposta em sustentabilidade no cerrado baiano
Foto: Santa Colomba/Divulgação.

O Brasil exerce papel de destaque quando são discutidos os problemas climáticos. Nada que facilite o caminho até a COP-30, em 2025, em Belém do Pará. Mas um olhar confiante permite ver políticas públicas e técnicas inovadoras para a redução de emissões, graças ao desenvolvimento científico e tecnológico. Na área rural, as mudanças permitem uma  produção cada vez maior, como se vê na expansão da Agroexportadora Santa Colomba, referência em inovação e tecnologia no Cerrado baiano.

 


Para conquistar o mercado exterior, a Santa Colomba aperfeiçoou o manejo, inovou e fez o aporte de alta tecnologia aplicada à irrigação. A qualidade tornou-se aliada da sustentabilidade, numa jornada que hoje abrange 30 mil hectares para o plantio de algodão, cacau e grãos. A meta da empresa é alcançar cerca de 80 mil hectares, nos próximos 10 anos. 

 


Foto: Tony Oliveira/CNA

 


A agroexportadora é um dos casos de sucesso do agronegócio no Oeste da Bahia com selo de qualidade internacional e o apoio do Banco do Nordeste. Foi certificada pelo Programa Algodão Brasileiro Responsável, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), cujo objetivo é promover a produção mais sustentável.

 

 


No mercado internacional, a conquista do Selo BCI (Better Cotton Initiative) pela Santa Colomba também faz parte de um processo de ajuste às normas de controle da produção. Sediada na Suíça, a Better Cotton Initiative busca a melhoria contínua da produção mundial do algodão com ênfase em princípios socioambientais.

 

 


Para produzir o algodão aprovado pela BCI é preciso minimizar o impacto negativo das práticas agrícolas; usar os recursos hídricos eficientemente, incluindo cuidados  de preservação da água; conservar a saúde do solo; manter  habitats naturais; cuidar da qualidade da fibra; promover relações justas de trabalho; transparência para o mercado e a rastreabilidade do algodão.

 


Mais de mil funcionários da Santa Colomba integram este processo produtivo na fazenda, localizada entre os municípios de Cocos (BA) e Mambaí (GO). Pioneira no uso de recursos inovadores no setor agrícola, desde 1976, a agropecuária é a primeira a cultivar cacau fora da área nativa. Já são cinco anos de cultivo com resultados surpreendentes, afirma o sócio e CEO da Santa Colomba, Miguel Prado.

 

 

Agricultura regenerativa
A cultura do cacau foi incorporada pela Santa Colomba em um ambiente completamente diferente do tradicional. Foi preciso adaptar o cultivo ao clima, topografia e mão de obra. Para tanto, desde o início foi adotado o modelo de agricultura regenerativa, com uso predominante de produtos de fontes biológicas, desde o composto da muda até os defensivos. A fazenda posicionou as lavouras para captura e retenção de carbono no solo. Isto é feito com o uso de plantas de cobertura entre as linhas de cacau, criando um clima e solo propícios ao cultivo. 
Para o uso eficiente de recursos hídricos, a empresa agrícola utiliza softwares de controle integrados com a Agência Nacional de Águas (ANA), que permitem simular o nível de água e energia elétrica aplicados nas plantações e nos processos de agroindústria; armazenar dados do histórico de chuvas; controlar a programação e os indicadores da irrigação. O uso de pluviômetros digitais, hidrômetros avaliam continuamente os níveis de aplicação de água e monitoram em tempo real o consumo e a demanda energética.

 


A agroexportadora mantém reservas ambientais com mais de 121 mil hectares, distribuídos entre as fazendas Karitel e Rio do Meio. Possui reservas legais e áreas de preservação permanente, para proteção da biodiversidade. Em cada item dessa agenda verde, promove um tipo de  compensação necessária para reduzir os impactos do cultivo da terra. Com práticas sustentáveis, a Santa Colomba cuida do ecossistema para o futuro e sinaliza a chance de uma convivência mais pacífica entre o agro e o meio ambiente.