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Coluna

Desafio Ambiental: Fonte solar mantém expansão com oportunidade de empregos verdes

Por Lenilde Pacheco

Desafio Ambiental: Fonte solar mantém expansão com oportunidade de empregos verdes
Foto: Pixabay

O Brasil ultrapassou a marca de 44 gigawatts (GW) de potência operacional nas usinas solares, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). O setor contabiliza mais de R$ 208 bilhões em novos investimentos com a geração de 1,3 milhão de empregos verdes, que representam boa perspectiva para a transição energética. A capacidade instalada de energia solar na Bahia também avançou de forma significativa. 

 

 

Para esse bom desempenho, o segmento consegue alinhar inovação e investimentos com oportunidade para novos postos no mercado de trabalho. São fatores que vão se ajustando ao ritmo da demanda por energias renováveis, aqui atentamente monitorado pela Associação Baiana de Energia Solar (ABS). 

 

Na Bahia, estão em operação grandes usinas solares e pequenos sistemas de geração distribuída em telhados e terrenos com potência instalada de 2,0 GW. A expectativa é de que até 2030 seja possível alcançar 27 GW, consolidando o estado como um dos principais polos de energia solar do Brasil.

 

Quando faltam trabalhadores qualificados, a ABS articula a formação de uma nova turma de treinamento com aulas práticas e teóricas, como acontece neste mês de agosto, em Salvador.  O segmento depende de mão de obra qualificada, o que impulsiona programas de capacitação e educação técnica para montador de sistemas fotovoltaicos. 

 

Isso não só aumenta a empregabilidade, mas também melhora a qualidade da força de trabalho, assinala o presidente da  Associação Baiana de Energia Solar (ABS), Marcos Rêgo. “Dessa forma, o segmento pode ser considerado um motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda aos cidadãos”, resume.

 

 

A capacitação é promovida em parceria com a Prefeitura Municipal de Salvador. As aulas da terceira turma gratuita começaram no dia 5 de agosto e prosseguem durante quatro semanas para totalizar 128 horas, com direito à  certificação de NR 10 (Trabalho com Eletricidade) e NR 35 (Trabalho em Altura). 


Os participantes têm aulas no auditório da paróquia São Tiago Maior, no bairro Boca da Mata. Até o final do ano, a associação planeja coorganizar novas turmas, formando mais 100 instaladores fotovoltaicos, estima o diretor de Desenvolvimento e Formação Técnica da ABS, Umaraci Nascimento. “A Bahia é muito promissora para expansão da energia solar devido às condições geográfica e climática privilegiadas”, acrescentou. 

 

 

Contudo, ainda são muitos os desafios do setor, incluindo  a necessidade de melhoria  na infraestrutura de transmissão e distribuição de energia,  maior segurança jurídica e incentivo a novos projetos de energia renovável. Para o presidente da ABS, Marcos Rêgo, é necessária sintonia permanente com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ou seja, o setor produtivo deve manter-se atento à floresta; não apenas às árvores.

 

O desenvolvimento sustentável pressupõe redução das desigualdades, saúde, bem-estar, educação, energia limpa e acessível, água limpa e saneamento. Nas palavras do professor doutor Gabriel Real Ferrer, da Universidade de Alicante, em Valência (ES), o paradigma atual da humanidade é a sustentabilidade; a vontade de articular uma nova sociedade capaz de se perpetuar em condições decentes, num cenário em que a deterioração material do planeta se mostrou acentuada; a pobreza e a exclusão insustentáveis.