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Artista Augusto Leal, de Simões Filho, compartilha sua trajetória e expectativas como indicado ao Prêmio Pipa

Por Alexandre Brochado

Artista Augusto Leal, de Simões Filho, compartilha sua trajetória e expectativas como indicado ao Prêmio Pipa
Foto: Acervo Pessoal

Augusto Leal, artista baiano nascido em Simões Filho, revelou em entrevista ao BN Hall sua jornada e perspectivas como um dos indicados ao prestigiado Prêmio Pipa, reconhecido como um dos mais relevantes na cena da arte contemporânea brasileira. Com formação em design e mestrado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Augusto traz em sua bagagem uma conexão com as artes desde a infância.

 

 

"Desde criança sempre gostei de desenhar, pintar, mas especialmente de ler. Na adolescência me encontrei com livros de poesia e filosofia. Eu tinha o costume de ler duas, três vezes o mesmo livro quando eu gostava muito. Lembro de ter feito isso com ‘Zadig ou o destino’ de Voltaire, e ‘Confesso que vivi’ uma autobiografia escrita por Pablo Neruda. Foi nesse livro que me encantei pelas palavras e sua capacidade de ativar os imaginários. No final da adolescência já com 18, 19 anos comecei a participar de movimentos de ativismo cultural em Simões Filho-BA. Onde tive a oportunidade de vivenciar expressões artísticas diversas com artistas da cidade. Nessa mesma época eu ingressei na graduação em design na Escola de Belas Artes da UFBA”, declarou o artista.

 

Em relação ao seu processo criativo, Augusto destacou a diversidade de materiais e técnicas que utiliza em suas obras, enfatizando que cada elemento é escolhido para provocar uma experiência única e estimular reflexões sobre questões sociais e culturais. Seu trabalho busca promover diálogos e colaborações, convidando o público a participar ativamente das reflexões propostas. “O objeto em si não me interessa tanto, mas sim o que ele provoca nas pessoas, no espaço, as relações que são criadas a partir da experiência com a obra. Gangorra, traves de golzinho, placas de trânsito, escadaria de rua, mudas de árvores nativas de mata atlântica, sementes de aroeira, carro de som, perguntas, cards de whatsapp, camisetas, adesivos, ações efêmeras e o próprio corpo, são elementos que já usei em minhas proposições”, explicou o baiano.

 


Foto: Estúdio em Obra/Cortesia Tatu Cult


Foto: Heloisa Nichele-MUPA

 

Para Augusto, a indicação ao Prêmio Pipa representa o reconhecimento do seu trabalho. O artista vê essa oportunidade como uma forma de ampliar o alcance de sua arte e contribuir para a construção de novas narrativas sobre sua cidade natal. 

 

“A cidade reconhecida pela violência, corrupção, escassez, poderia passar a ser conhecida também pela arte, a partir dessas inserções nos circuitos artísticos. [...] A cada nova aparição, premiação, ao andar pela cidade comecei a ouvir: ‘tá vendo aí, Simões Filho não tem só violência, tem arte também’. A indicação ao Pipa é mais um passo nesse processo de construção de novas narrativas para o território”, completou o artista.

 

O Prêmio Pipa, criado em 2010 pelo Instituto PIPA, tem como objetivo promover e reconhecer artistas visuais brasileiros, estimulando a produção de arte contemporânea no país. 

 

 

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