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Bienal do Livro Bahia 2024 terá convidados baianos em todos os painéis e mesas de debates

Por Beatriz Adamoli

Bienal do Livro Bahia 2024 terá convidados baianos em todos os painéis e mesas de debates
Foto: Beatriz Adamoli / BN Hall

Após retornar em 2022, depois de um hiato de 10 anos, a Bienal do Livro Bahia chega para mais uma edição nos dias 26 de abril a 1º de maio, se consolidando como um dos maiores encontros de literatura do país. Sediado no Centro de Convenções de Salvador, a programação completa do evento foi lançada nesta terça-feira (26), no restaurante Casa de Tereza, revelando as atrações e as novidades para este ano. Com o tema “As Histórias que a Bahia Conta”, a edição 2024 terá em todos os painéis pelo menos um participante baiano, seja ele um autor, mediador, jornalista ou personalidade, com o intuito de trazer essa representatividade para as mesas de debates.

 

Participarão do evento, ao todo, 170 autores e artistas, que vão produzir mais de 100 horas de conteúdo para o público dentro dos três espaços que compõem a ocasião, intitulados Arena Jovem, Café Literário e Espaço Infantil. Entre as atrações confirmadas, estão os escritores nacionais Itamar Vieira Jr, Ian Fraser, Thalita Rebouças, Paula Pimenta, Kaká Werá, a jornalista Rita Batista, a cantora Daniela Mercury e autores internacionais, como a escritora Scholastique Mukasonga e o autor Abdi Nazemian. 

 

Em 2022, a Bienal do Livro Bahia atingiu cerca de 90 mil pessoas, com uma média de 20 mil visitantes por dia. Em entrevista ao BN Hall, Tatiana Zaccaro, diretora da GL Events, empresa responsável pela realização do evento, revelou a expectativa de público para este ano, além de falar sobre algumas mudanças na infraestrutura dos espaços. A diretora também ressaltou a participação pela primeira vez de algumas editoras nacionais em um evento como esse no nordeste, como a Rocco e a Globo Livros. 

 

“O grande desafio é sempre fazer melhor do que a edição anterior. A gente sempre tem uma expectativa muito alta. Mesmo com essa expectativa positiva, na edição passada ficamos muito surpresos com o público presente no evento. Esse ano ampliamos os espaços, dobramos de tamanho o Café Literário, incluímos o 2º andar do Centro de Convenções nas atividades e pretendemos disponibilizar mais senhas para as sessões de autógrafos. Todos estes ajustes foram feitos na expectativa de que a gente atinja 100 mil visitantes nesta edição”, afirmou Tatiana. 

 

Durante o evento de lançamento, Schneider Carpeggiani, curador pela segunda vez da Arena Jovem, comentou sobre o processo de seleção dos autores para os debates dos temas retratados no espaço, afirmando que é necessário levar em conta o que está acontecendo no mundo no momento, para trazer temas que façam as pessoas refletirem. Já para Josélia Aguiar, responsável pelo Café Literário, o foco foi fazer um mapeamento da Bahia, já que o local busca atrair um público mais maduro. 

 

“No espaço a gente tem discussões sobre lutas civis, sobre segurança pública, uma visão social em relação a comunidades mais fragilizadas, debates sobre censura a livros.  Tem também os momentos de leveza, como a homenagem a Dorival Caymmi e ao Ilê Aiyê. Eu entendi que a função do Café literário desta vez seria fazer um mapeamento artístico e cultural da própria Bahia. Uma coisa muito importante foi reunir autores de diversas linguagens”, explicou Aguiar. 

 

Outra novidade desta edição está dentro do Espaço Infantil, que este ano foi batizado de “Janelas Encantadas”, trazendo uma cenografia interativa para os pequenos. A programação abordará temas no campo da multilinguagem, além de atividades lúdicas, com contação de história, teatro e música. Ao BN Hall, Mira Silva, curadora do ambiente, falou sobre a importância da literatura infantil e enfatizou a sua preocupação em proporcionar um conjunto de atividades onde a criança se sinta representada.

 

“É importante que a gente pense uma programação em que as crianças se reconheçam e que elas vejam que as histórias delas estão ali. É importante que elas abram aqueles livros e pensem: 'Essa é minha história'. Nesse sentido, o olho brilha, a alegria toma conta daquela criança com a possibilidade de encontrar a própria história nas páginas dos livros. É sobre também proporcionar o encontro da criança com autores negros, trazendo representatividade no evento para além das páginas dos livros, mas com a figura ali presente pra aquela criança”, destacou Mira.