Blog do Preto comenta mix de moda artesanal, luxo e slow fashion que compõe Fartura Baiana da Thereza Priore

Quem não usou ou não viu a irmã e/ou mãe usar roupas bordadas à mão pela costureira da família terá um certo trabalho para entender o conceito da coleção “Fartura”, da Thereza Priore.

 

 

Eu ousaria dizer que existem locais mais especiais, que vão além das ruas soteropolitanas, dos quais Adriana Régis retirou sua grande inspiração para coleção de Outono/Inverno 2024 da marca.  E esses são praças, feiras, praias, igrejas, ladeiras, museus e pisos do solo sagrado da capital baiana.

 

Ao visitar o verdadeiro preview da Thereza, ainda no começo do mês, tive acesso às criações que retratam a "Fartura Baiana" e me senti no ateliê - ou no quarto de costura - das “modistas” dos anos nos quais a moda brasileira surgia inspirada em revistas de moldes, tais como a Manequim. 

 

A riqueza dos bordados, variedades nos aviamentos e aplicações em crochê e renda são verdadeiras provas que a marca se destaca no cenário baiano pelo melhor “Feito à mão”, ou no inglês Hand Made, da terra.

 

O Lançamento da coleção ocorreu na última terça-feira (26), às 19h, em uma live no Instagram @therezapriore e já está disponível para venda.

 

Em papo com a criadora, descobri que a mesma escolhe uma história para contar em cada coleção.
Tudo na coleção é feito à mão e a escolha pelo farto colorido das peças não obedece à aclamada sobriedade do inverno.

 

“ A Thereza Priore é uma marca farta. Para perceber basta analisar a quantidade de detalhes como frutas, pimentas, que nos remetem à Feira de São Joaquim, por exemplo, com suas cores, cheiros, texturas da maior feira livre do Brasil”, comenta Adriana.

 

Ela afirma ainda que a “Fartura Baiana” da TP faz refletir em cada criação a tradição e a modernidade, o regionalismo e os trabalhos manuais, como uma forma de celebrar a riqueza cultural do Brasil, que nasceu na Bahia.

 

Realmente, o mix de modernidade e regionalismo pode ser percebido nas araras da loja, situada no Jardim Apipema. Estas araras devem ser analisadas peça por peça, atentando para as verdadeiras pencas de elementos da Bahia e para os trabalhos de pinturas à mão em peças as quais só são vistas e usadas por quem realmente “segura o look”!

 

E como diria o meme: “É a Bahia, né?!