Davidson pelo Mundo: Saiba como transportar remédios durante as viagens

Cada país tem sua legislação sanitária, ou seja regras bem definidas do que pode ser consumido e do que não pode. Entendendo isso o viajante pode começar a eliminar uma tremenda dor de cabeça e problemas sérios em suas viagens internacionais, não tente argumentar que não sabia das regras pois todo cidadão é obrigado a conhecer a legislação, inclusive do país ao qual ele optou em conhecer.

 

Primeiramente, eu darei algumas dicas. Jamais despache seus remédios de uso controlado na sua mala, essas podem extraviar e você ficará com um tremendo problema, leve sempre na sua bagagem de mão. Outra dica é levar somente o necessário, suficiente para a quantidade de dias da viagem, levar em excesso pode configurar comércio para as autoridades alfandegárias e jamais, repito, jamais retire os comprimidos das cartelas, líquidos dos frascos originais e se possível leve a embalagem.

 

Remédios controlados devem acompanhar a prescrição médica e em inglês (exigência de vários países), lembrando que vários fármacos liberados no Brasil podem ser considerados droga ilícita em outros países e assim o problema se torna ainda maior.

 

Receitas de médicos brasileiros não tem valor para compra de medicamentos no exterior, assim leve aqueles medicamentos de uso contínuo e para possíveis emergências, principalmente para desconfortos estomacais e que você já tenha costume de usar, mas não exagere na dose.

 

Muita gente tem o hábito de usar aquelas caixinhas porta remédios com as doses diárias. Isso não é aconselhável, as imigrações podem interpretar como uma estratégia para transportar ilícitos pois eles não têm como fazer o teste no local para identificar qual substância é aquela e isso pode te trazer uma tremenda dor de cabeça. Os remédios devem estar dentro da embalagem original e também de um saco plástico (de preferência em estilo zip lock), transparente e lacrado, os frascos devem conter no máximo 100 ml e os líquidos devem respeitar o limite de 1 litro na soma total.

 

Ao contrário do Brasil, muitos países têm um rígido controle na venda de remédios e tratam o assunto com muita seriedade. Por exemplo, a dipirona sódica que é livremente comercializada no Brasil, é proibida nos Estados Unidos, assim como os anti-inflamatórios no Reino Unido, precisam de prescrição médica. As penas para os infratores podem ser da simples apreensão do medicamento a multas severas e até a prisão, como é o caso do Rivotril na Indonésia.  É importante que os cidadãos brasileiros que visitem a Rússia tomem especial cuidado com o porte de medicamentos, alguns remédios de uso controlado prescritos no Brasil (por exemplo: Ritalina, Sibutramina, Tramadol, entre outros) são ilegais na Rússia, mesmo com receita médica. A entrada no país com medicamentos desse tipo constitui crime de tráfico de drogas e as penas podem chegar a 20 anos de prisão.

Passageiros que necessitem de medicamentos aplicados por meio de canetas, seringas ou agulhas durante o voo podem embarcar com elas. Mas é altamente recomendada a receita médica e um relatório do médico descrevendo a necessidade daquela pessoa no idioma do país e em inglês, para ser mostrado no momento de passar pela segurança do aeroporto e na imigração do país de destino.

 

Passageiros que necessitem embarcar com broncodilatadores, as famosas bombinhas de asma ou bronquite, devem ficar atentos à regra dos 100ml e levar apenas a quantidade necessária durante a viagem. Aliás, também é recomendável o embarque com receita médica.

 

Fique atento a lista de alguns  remédios proibidos e os países com suas restrições:

1. Dipirona
Onde é proibido: Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e outros.

2. Sibutramina
Onde é proibido: EUA, União Europeia, Uruguai, Austrália, Paraguai, entre outros.

3. Diane 35
Onde é proibido: França

4. Avastin
Onde é proibido: Estados Unidos

5. Mytedom
Onde é proibido: Rússia

 

Mas a dica geral para evitar dores de cabeça fora do país é que você pesquise sempre se os remédios que pretende levar na viagem podem entrar ou não. Uma fonte confiável é a embaixada do país ou a agência reguladora local e o seu consultor de viagens, é aí que entra o profissional qualificado, não apenas o vendedor do pacote ou passagens, busque sempre o seu consultor de viagens de confiança.

 

Países com fortes tradições religiosas costumam também ter uma legislação sobre uso de remédios bem diferentes da nossa, assim fique mais atento pois um simples anticoncepcional, (para nossa cultura) pode gerar uma tremenda dor de cabeça, isso sem falar nos calmantes, principalmente a base de Diazepam, que muitos utilizam para ajudar no sono nos voos.

 

Cuidado, remédios não podem e nem precisam ser a dor de cabeça nas suas viagens!