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Marca Bahia Notícias

Notícia

Chandelly Braz estreia em Salvador peça sobre sociedade na qual pessoas não envelhecem

Por Jamile Amine

Chandelly Braz estreia em Salvador peça sobre sociedade na qual pessoas não envelhecem
Foto: Divulgação
Nas telinhas como a vilã Carmela, da novela “Haja Coração”, a atriz Chandelly Braz desembarca em Salvador para estrelar o espetáculo “Elefante”, em cartaz desta sexta-feira (1º) a domingo (3), no Teatro Vila Velha. A artista, que nasceu no interior de Minas Gerais, mas cresceu em Pernambuco, e mudou-se para o Rio de Janeiro para investir na profissão, está em um momento frutífero na carreira. Além da novela e da peça, que já passou por Rio, São Paulo, Brasília e Fortaleza, ela atua ainda em um projeto da Probástica Cia. de Teatro, o espetáculo “Uma Praça Entre Dois Prédios, Próximo de um Chaveiro, Grafites na Parede e uma Árvore”. “Como eu faço eu não sei, mas tem que fazer”, diz Chandelly, contando que para conseguir encarar a demanda de trabalho tentou se organizar ao máximo, dormiu quatro horas por dia e tomou muita vitamina C. “Eu recebi o convite da novela no ano passado, só que os ensaios encaixavam justamente com o começo das gravações. E aí foi bem maluco, bem cansativo, porque a gente ensaiava todos os dias à noite e eu dando conta de gravar também. Mas é isso, como é que eu faço, eu não sei, mas tem que fazer”, lembra Chandelly, destacando que o trabalho autoral da companhia é uma coisa que a realiza. “É onde a gente escolhe o que vai falar. É onde a gente consegue expor as nossas ideias, trazer as nossas inquietações, então o trabalho da companhia é um trabalho que chova ou faça sol tem que acontecer. Mesmo com o cansaço de uma novela, de uma gravação, eu não abro mão do trabalho da minha companhia”, afirma.
 

Atriz contracena com Marisa Orth em "Haja Coração" | Foto: Divulgação
 
Em “Elefante”, a atriz interpreta Cléo, a matriarca de uma família que vive em uma época onde ninguém mais envelhece e, consequentemente, não morre de causas naturais. “Ela já começa a peça – isso não é falado – com 105 anos e seu filho com 65, apesar de ter aparência de 25”, conta. A personagem é uma workaholic que trabalha em uma clínica de estética muito requisitada, já que as pessoas anseiam por alguma mudança, já que o corpo não vai envelhecer. “Ela vive muito afetada por essa condição maluca, mas muito possível”, diz Chandelly, contando que a ideia para o enredo surgiu de uma matéria jornalística, na qual um cientista afirma que o homem que viverá mil anos já nasceu. “A ciência está tão avançada, que vão existir medicamentos para fazer com que as células não degenerem. A gente começou a pensar sobre o que essa possibilidade pode gerar numa sociedade, que tipo de fobias elas podem ter”, conta a artista. 
 

Elenco de "Elefante" | Foto: Divulgação / Sol Coelho
 
Sua personagem sofre fortes influências no mundo fictício onde esta realidade se apresenta. “Ela tem pavor de coisas que possam por em risco à vida dela. Ela acha absurdo andar de navio, porque pode naufragar. Ela não se submete nem a pequenos riscos, ela tem um medo absurdo de que sua vida seja atravessada por alguma coisa”, conta Chandelly sobre Cléo, que é também mãe superprotetora, pelos mesmos motivos. “Essa sociedade tem controle de natalidade rigorosíssimo, já q cada vez menos gente morre. Imagine a explosão demográfica que existe, já que as pessoas não morrem. As mulheres entram numa fila para engravidar e só podem ter um filho”, explica a atriz, destacando a “superproteção exacerbadíssima” ao filho único, Francisco, que é justamente a “figura que coloca em xeque e questiona essa maneira de viver”.

Serviço
O QUÊ: Espetáculo “Elefante”
QUANDO: 1º a 3 de julho. Sexta e Sábado às 20h e Domingo às 19h
ONDE: Teatro Vila Velha
VALOR: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)