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Entrevista

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

Por Gabriel Lopes

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho

Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

 

"É um povo que tem o seu DNA, na sua cultura e identidade também a independência de correntes políticas alheias. Aqui a gente realmente faz o que quer, é uma cidade e um povo que tem uma independência nesse sentido no seu DNA, na sua essência. Então esse tema desse ano é pra celebrar essa característica nossa de muito tempo e que a cada ano se afirma", disse.

 

Além disso, Tourinho analisou os festejos juninos realizados no Centro Histórico de Salvador e atualizou com exclusividade ao BN o andamento de obras importantes do setor cultural. Por fim, comentou a expectativa para a cidade receber o show que marca os 10 anos da carreira solo do cantor Bell Marques. Confira na íntegra abaixo.

 

Estamos na véspera do 2 de Julho, uma data que faz parte do calendário de todos os baianos, em especial em Salvador. Qual o grande foco da prefeitura para os festejos desse ano, que tem como tema "Povo Independente"?

A gestão e a liderança do Dois de Julho em Salvador é totalmente da FGM. Que faz um trabalho incrível de organização daquele cortejo, que vocês podem imaginar que não é simples. Na definição desse tema que fala muito sobre a cidade de Salvador que é uma cidade muito autônoma, é uma cidade que é independente de fato, de necessidades, falando de uma questão mais econômica, uma cidade que não depende de governo Federal, estadual, é uma cidade que hoje se sustenta, que é próspera institucionalmente que consegue fazer boas entregas, ter uma gestão crescente de forma independente. E um povo que tem o seu DNA, na sua cultura e identidade também a independência de correntes políticas alheias. Aqui a gente realmente faz o que quer, é uma cidade e um povo que tem uma independência nesse sentido no seu DNA, na sua essência. Então esse tema desse ano é pra celebrar essa característica nossa de muito tempo e que a cada ano se afirma.

 

Passado agora esse período de São João, qual balanço pode fazer em relação a esses festejos no Centro Histórico?

A gente tem feito um um trabalho no Centro Histórico. Eu acho que são dois tem dois dimensões, uma de todo investimento que a cidade fez no Centro Histórico nos últimos anos, em que a gente realmente aumentou muito a zeladoria, a nossa presença, a ideia de ter um pensamento estratégico pro centro histórico enquanto um bairro da cidade que pode ter sua prosperidade, pode estar ativado, um bairro seguro hoje por conta de todo investimento da Guarda Municipal. Isso a gente vem quebrando algumas barreiras da população em relação ao medo do centro histórico, o Natal foi um ponto importantíssimo nesse momento de levar população de Salvador a curtir o centro histórico, e curtir a partir de atrações, de manifestações culturais do próprio centro histórico. É valorizando os artistas, os grupos que trabalham, moram no centro histórico. O São João de Salvador a gente tem focado muito nisso. É quase que o São João de interior na capital. Porque tem coreto, tem missa, tem barraquinha, tem brincadeira pra crianças, tem festiva gastronômico. Coisas que você normalmente encontra no interior do estado, hoje você encontra no centro da cidade de um jeito muito espontâneo e muito autêntico. A gente optou por esse ano por começar os festejos juninos, já fizemos isso no ano passado, mas esse ano um pouco mais forte, com a Trezena de Santo Antônio. È uma coisa realmente muito tradicional de Salvador e esse chamado para as famílias irem curtir o São João no Centro Histórico teve efeito. Então mostra que a essência do São João está viva aqui em Salvador e muito potente.

 

A gente sempre atualiza também o andamento de obras, qual o status atual do Vila Velha? Temos uma data concreta para a entrega?

A licitação do Vila Velha foi publicada na semana passada. Que na verdade a gente quando anunciou a requalificação do Vila Velha ia fazer realmente uma reforma, uma coisa relativamente simples e conversando com Márcio Meirelles e toda equipe dele, a gente colocou na mesa a possibilidade de fazer uma reforma maior. Realmente fazer um projeto novo em cima do Vila Velha, de fato uma obra muito significativa. A gente optou em conjunto em investir mais na obra, isso envolve investir mais tempo, para ter ao final desse processo um equipamento realmente renovado, um dos teatros mais modernos do Brasil. Então era uma coisa que a gente previa fazer em poucos meses mas investimos mais em  projeto e dimensão da obra. É uma obra que deve custar cerca de R$ 14 milhões pelo menos, fora mais R$ 12 milhões de equipamentos, que é um valor muito acima do que a gente tinha planejado lá atrás. Então isso demora mais tempo do processo, todo mundo acreditou que valia a pena a gente ter um processo mais complexo, um investimento maior, pra ter um teatro melhor ao fim dele. A perspectiva de entrega é para 2025, porque a gente abriu a licitação agora e tem esse processo todo, começar a obra. Acho que podemos falar de primeiro semestre de 2025. É importante até dizer que essa obra na verdade não atrasou, essa abertura de licitação. Foi uma mudança de estratégia para aumentar a dimensão e escopo da intervenção. E aí foi uma decisão em conjunto da gente fazer um projeto mais bem acabado.

 

No início desse ano, publicamos sobre a perspectiva de a cidade ganhar estúdios de cinema, impulsionando esse mercado cinematográfico, audiovisual. Como anda esse projeto, ele é de fato viável?

A empresa que solicitou fazer os estudos deve entregar o projeto final  nos próximos dias a gente já teve acesso a parte de algumas coisas. Estou bem confiante com isso porque é viável, vai criar um mercado. Porque existe um mercado nacional, uma demanda nacional por mais estúdios. Então o Brasil precisa de mais estúdios audiovisual, tem mercado que pode ser criado aqui e vai gerar muito emprego e renda e isso é fundamental para Salvador criar outras vertentes econômicas além da área de serviço de turismo. E o audiovisual por hoje movimentar muito dinheiro no país pode sim ser nos próximos quatro, cinco anos uma das grandes atividades econômicas da cidade. A gente tem tido um protagonismo nacional em relação a política pública audiovisual, o nosso programa SalCine é um case de sucesso com a quantidade de pessoas que a gente conseguiu formar nesse ano, quantidade de festivais que nós conseguimos mobilizar em negócios, o número de editais que a gente lançou e executou, essa visão de construção desse espaço de estúdios. A nossa atuação com outras secretarias do país e a gente está realmente num momento muito otimista de construção de uma política pública completa.

 

LEIA MAIS SOBRE OS ESTÚDIOS DE CINEMA EM SALVADOR AQUI E AQUI.

 

Ainda no campo de obras e possíveis intervenções voltadas ao setor, a ideia de instalar uma roda gigante como atrativo turístico foi sepultada de vez depois do travamento do Iphan?

Essa roda gigante é um projeto anterior a mim. De fato não acompanhei muito esse processo mas sim está fora de pauta, não tenho feito nenhuma movimentação nesse sentido.

 

Nas últimas semanas um assunto que ganhou destaque por aqui foi a mudança de data do show que marca os 10 anos de carreira solo de Bell Marques. A nova previsão é que aconteça em setembro, com 10 horas de festa. Nos bastidores a gente também escuta que o evento tem chance de não acontecer, após sucessivas remarcações. Afinal, teremos Bell Marques em setembro em Salvador?

Essa comemoração é uma comemoração privada, que teria o apoio da cidade por a gente entender a importância de Bell Marques, da carreira dele, da capacidade de movimentação. Então para a cidade poder receber esse evento é muito bom pra cultura, pra história da cultura de Carnaval de Salvador mas é um evento dele. Então estamos aqui a postos para quando for o caso. Essa articulação estava sendo mais com a Saltur, mas da parte da Secretaria de Cultura e Turismo a gente está realmente torcendo para que aconteça e prontos para ajudar e fazer acontecer da melhor forma.

 

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