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“Seria esquizofrênico me auto oficiar”, diz Moraes sobre acusações de que usou TSE em investigações no STF

Por Leonardo Almeida

“Seria esquizofrênico me auto oficiar”, diz Moraes sobre acusações de que usou TSE em investigações no STF
Foto: Andressa Anholete / SCO / STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, discursou pela primeira vez após a divulgação de conversas as quais denunciaram que o magistrado, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), utilizou o TSE como “braço investigativo” de suas atividades no STF. Em discurso realizado nesta quarta-feira (14), Moraes justificou que o “caminho mais eficiente” era solicitar os relatórios ao Tribunal Superior Eleitoral, pois, à época, a Polícia Federal (PF) não colaborava com as investigações.

 

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Lembrando que, segundo reportagem do jornal Folha de SP, Alexandre de Moraes ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal durante e após as eleições de 2022.

 

Durante manifestação realizada no STF, Moraes afirmou seria “esquizofrênico” caso se ele auto oficiasse para obter as informações, pois o mesmo também era presidente do TSE. Além disso, o ministro afirmou que não há preocupações em torno das publicações, pois as solicitações foram registradas.

 

“Nenhuma das matérias preocupa o meu gabinete, me preocupa, ou a lisura dos procedimentos. Todos os procedimentos foram realizados no âmbito de investigações já existentes, principalmente o inquérito das Fake News e o inquérito das Milícias Digitais”, iniciou o ministro.

 

“Há necessidade de preservação desse conteúdo porque se não eles são apagados e não podem ser recuperados, é um procedimento normal investigativo. Esse procedimento, a partir dessa constatação que aqueles já investigados reiteravam nas condutas, esse procedimento poderia se dar de duas formas. Poderia se dar de uma requisição minha à PF para que ela realizasse, ou poderia se dar a uma solicitação ao TSE para que ele fornecesse os relatórios. Informações objetivas e públicas, o que estava postado publicamente. Obviamente o caminho mais eficiente da investigação naquele momento era solicitar ao TSE, uma vez que a PF, lamentavelmente, num determinado momento, pouco colaborava com as investigações. Seria esquizofrênico eu, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, me auto oficiar”, completou Moraes.

 

Por fim, o ministro lamentou as “interpretações errôneas” em torno dos procedimentos divulgados pela imprensa e afirmou que é preciso combater “notícias fraudulentas”. Segundo ele, desde a última terça (13), foram produzidas uma série de notícias falsas para descredibilizar o STF.

 

“Lamento interpretações falsas, interpretações errôneas acabem produzindo o que nós precisamos combater neste país, que são notícias fraudulentas. O que se vê de ontem para hoje é, novamente, uma produção de notícias para poder se desacreditar no STF, as eleições de 2022 e a própria democracia no Brasil”, finalizou.